Futebol Internacional

Opinião: Hertha Berlin recebe o aviso mais claro de rebaixamento nas últimas três temporadas

Publicado em

Photo by Lars Baron/Getty Images
— Continua depois da publicidade —

A derrota para o Borussia Dortmund neste último sábado (14) por 2 a 1 no Signal Iduna Park confirmou a presença do Hertha nos play-offs de rebaixamento que serão disputados nos dias 19 e 23 de maio. Além de confirmar a divisão que a equipe azul da capital irá disputar, a manutenção de Magath no comando dos berlinenses está em jogo. Antes da temporada começar, em Berlim havia altas expectativas, a gestão do Hertha conseguiu agregar um excelente planejador de elenco para o clube, o ex-atacante da velha senhora Fredi Bobič, que estava no Eintracht Frankfurt. O esloveno vinha substituir Michael Preetz, demitido no Natal de 2020. E ainda que tenha acertado nas chegadas de Ekkelenkamp, Jovetić, Belfodil e Marco Richter. Bobič não teve um bom timing para gerenciar os técnicos da equipe, e assim como nas últimas duas temporadas o medo do rebaixamento paira na capital alemã.

O Hertha Berlin parece viver uma tragédia anual a partir de uma data: 16 de abril de 2019. Para alguns, uma data normal, na Älte Dame o anúncio do fim do primeiro trabalho de Pál Dárdai no cargo de treinador do Hertha. Desde o começo do planejamento da temporada 2019/20, o Hertha Berlin vive um looping infinito de desgraças e sucessivas trocas de técnico com diretores perdidos em que linha de modelo de jogo seguir. Passaram pelo clube: Ante Čović, Jürgen Klinsmann, Bruno Labbadia, Pál Dárdai (novamente), Tayfun Korkut e agora Felix Magath. Em mais de três anos, seis técnicos passaram pelo clube, um número expressivo para uma liga em que a duração média de técnicos no cargo é de nove meses, segundo dados da CIES (Centro de Estudo Internacional do Esporte). 

Saiba mais sobre Futebol Internacional no Esporte News Mundo: West Ham dificulta vida do City, equipe de Guardiola reage no segundo tempo e titulo fica para o próximo domingo

Publicidade

Nesta temporada, era bem óbvio que Pál Dárdai não permaneceria por muito tempo à frente do Hertha. Na última temporada, a equipe já vinha jogando muito mal, com péssima organização ofensiva e dependente dos gols de Krzysztof Piatek e os bons lances de Dodi Lukebakio e Matheus Cunha para se manter na liga. Na 33ª rodada, conseguiu empatar sem gols contra o Köln e escapar. A temporada 2021/22, Dárdai começou com três derrotas e após perder para o Bayern por 5 a 0 na Allianz Arena, pela 3ª rodada da Bundesliga, Bobič tentou contratar Edin Terzić, que vinha de um bom final de temporada 2020/21 no Borussia Dortmund, no entanto, o bósnio não aceitou. Penante, Dárdai ainda conseguiu se manter no cargo até novembro, o empate de 1 a 1 contra o Augsburg pela 13ª rodada da liga foi a gota d’água para a demissão. 

Até aquele momento, o Hertha Berlin praticava um futebol de contra-ataque, de velocidade com Richter pelos lados e apostando na segunda bola a partir de vitórias em duelos físicos com Jovetić, Belfodil e Selke. A nova aposta de Bobič foi na teoria em uma ideia mais propositiva com Tayfun Korkut, uma jogada ousada e surpreendente, já que ele não vinha de grandes trabalhos recentes. Mas, o tiro saiu pela culatra. Korkut, pressionado pela necessidade de somar pontos, buscou um futebol também de maior velocidade pelos flancos e na busca pela bola longa. Minimamente sua equipe conseguiu trazer alguns pontos positivos em alguns contextos: o jogo de bolas longas com Belfodil. Outra contratação bem questionável, ainda assim ajudou bastante na temporada. O argelino bem fisicamente conseguiu entregar bom nível na sustentação da pressão, no acionamento do jogo em velocidade do Hertha Berlin. Contudo, Korkut não conseguiu atingir a meta de somar mais pontos que seu antecessor. 

Em março, Bobič deixou de vez a intenção de formar um projeto a longo prazo e tirou da aposentadoria Felix Magath, técnico disciplinador e que minimiza o efeito tático do jogo de futebol e aposta em uma equipe forte nos confrontos físicos para vencer as partidas. Um de seus grandes aliados no trabalho é o preparador físico Werner Leuthard, tenente da reserva da Alemanha. A partir de treinamentos físicos baseados na filosofia militar, os jogadores chegaram ao limite físico nos treinos na Schenkendorfplatz e conquistaram sete pontos no campeonato nos últimos dois meses. Magath ao menos fez crescer rendimentos de atletas que vinham mal na temporada como: Santi Ascacibar, Suat Serdar, Davie Selke e Kevin Prince Boateng.

Siga o Esporte News Mundo nas redes: Facebook, Instagram, Twitter

Nas últimas três temporadas, o “salvador da pátria” foi encontrado com Labbadia, na temporada 2019/20, na temporada 2020/21, Dárdai foi herói e agora Magath tem condições para fechar a temporada também com sucesso na missão de salvar o Hertha Berlin da Zweite Liga. No entanto, os play-offs contra Hamburgo tem fisicalidade, mas também muito mais futebol, embora dispute a 2. Bundesliga. 

Clique para comentar

As mais acessadas

Sair da versão mobile