Atlético-MG
Hulk se declara ao Atlético-MG e rebate críticas dos comentaristas: ‘Eles não me acompanham’
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O grande nome do Atlético-MG na temporada até aqui é o atacante Hulk, que é artilheiro do time com 11 gols e participativo em quase todas as jogadas do Galo. O camisa 7 deu a sua primeira entrevista coletiva na Cidade do Galo, após a sua apresentação, na manhã desta terça-feira (15) e falou sobre o seu bom momento junto da boa fase, também, do clube alvinegro.
— Como a gente costuma falar sempre, primeiro é o coletivo, quando o nosso coletivo está forte, todo mundo confiante, o nosso individual começa a se destacar. Estou muito feliz com esse momento, não só eu, como muitos jogadores que estão também em um dos seus melhores momentos. A gente espera manter isso, a temporada é muito longa, esperamos melhorar a cada jogo e crescer a cada partida como um grupo principalmente, o individual vai se destacando. Estou muito feliz e vou procurar melhorar ainda mais.
Hulk fez apenas dois jogos no futebol brasileiro antes de ser contratado pelo Atlético-MG, portanto, não teve a chance de ser um ídolo de algum clube de seu país, como foi em times da Europa e da China. Aos seus 34 anos, após disputar Copa do Mundo pela Seleção Brasileira e Champions League pelo Porto e Zenit, o atacante está tendo a oportunidade de ter seu nome marcado em alguma equipe brasileira. Em grande fase no Galo, o jogador já decorou a sua casa com bandeiras do alvinegro e toda a sua família já veste o uniforme preto e branco.
Durante a entrevista coletiva, Hulk se declarou ao Atlético-MG, se dizendo muito grato por valorizá-lo e recepcioná-lo de uma forma carinhosa.
— Quem me conhece sabe, eu sou muito grato ao futebol, que mudou a minha vida e a vida da minha família. Sou ainda mais grato a quem me valoriza, hoje o Atlético é a minha casa, minha família. A minha família de sangue veste Atlético, porque nós somos gratos a forma que fomos recebidos aqui e vai ser sempre assim até o meu último dia aqui. Estou muito feliz, muito motivado para fazer grandes histórias aqui com essa camisa e esse clube que merece demais. A gente fica nessa ansiedade para poder encontrar essa torcida maravilhosa, vamos esperar passar esse momento tão delicado que estamos vivendo para que possamos nos encontrar nos estádios lotados comemorando grandes jogos, títulos e histórias que estão por vir, se Deus quiser.
Quando Hulk foi anunciado pelo Atlético-MG, em janeiro deste ano, muitos comentaristas reprovaram a contratação do jogador, dizendo que seria uma ação mais midiática do que técnica. Hoje, muitos deles já se retraram, tendo até pedido de desculpas de joelhos no milho. O atacante falou sobre essas críticas comparando quando ele foi contratado pelo Porto enquanto jogava no futebol japonês.
— Eu sempre acompanhei que mesmo quando eu estava na Seleção ainda, haviam muitos comentaristas que comentavam a respeito das minhas características e muitos não conheciam, eu percebia pela maneira que falavam do meu estilo de jogo. Mas nunca foi algo que me chateou, pelo contrário, eu pensava que às vezes os comentaristas não têm acesso aos nossos jogos lá fora, talvez eu não seja um jogador que os interesse tanto, porque eles não me acompanham. Quando eu cheguei no Atlético houve muita desconfiança, muitas pessoas falando que o Atlético fez um mau investimento, mas nunca foi algo que me chateou ou tirou o foco. Quando eu cheguei no Porto, vindo do Japão, ainda era Jesualdo o professor, muitos criticavam que o Porto iria contratar um jogador do futebol japonês. O Jesualdo disse que a dimensão do campo no Japão é a mesma da Europa, a bola é a mesma, o Hulk só tem que chegar e jogar. Eu levei aquilo comigo. Independente da competição, você tem que procurar jogar aquilo que você sabe. Claro que adaptando o mais rápido possível, escutando o professor Cuca que tem muita experiência no futebol brasileiro. Então, as conversas que eu tive com ele foram muito produtivas para mim e me ajudaram bastante. Hoje eu me sinto muito feliz, faço o que eu gosto que é jogar futebol e me sinto muito mais adaptado. Quanto a Seleção Brasileira eu sempre deixei claro que todo jogador sonha em defender a seleção de seu país, comigo não é diferente, já defendi antes e foi um dos melhores momentos da minha vida, mas o meu foco hoje é 100% representar o meu time da melhor maneira possível a cada jogo para, quem sabe, ter uma oportunidade de vestir a camisa da Seleção Brasileira, eu seria muito feliz.
Faltas
Para que acontecesse essa grande fase de Hulk, foi preciso mudá-lo de posição, colocando-o para jogar como um homem de referência, centralizado no ataque. Até então, a mudança tem dado muito certo. O jogador falou como foi esse processo de adaptação à nova função junto do técnico Cuca.
— Depois que o Cuca me colocou como um 9, como um atacante mesmo, fico mais próximo do gol, isso me ajuda bastante e ele dá total liberdade para a gente, principalmente para os jogadores do ataque, para mudar de posições, dificultar a marcação do adversário. Então, a gente faz isso com frequência, tem jogadores para fazer isso com facilidade e graças a Deus vem dando certo, foi o que aconteceu no jogo contra o São Paulo, que eu consegui dar uma arrancada do meio do campo e encontrei o Hyoran, que deu o passe para o Jair que fez o gol que deu a vitória para nós. Então, essa mudança de posição nossa nos ajuda bastante.
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Justamente por ser o principal jogador de ataque do Atlético-MG, Hulk tem sido alvo dos marcadores adversários. O atacante alvinegro é o atleta que mais recebeu faltas no Campeonato Brasileiro até aqui. O camisa 7 falou sobre essa ‘perseguição’ dos oponentes, mas não culpa árbitros por uma possível impunidade.
— A gente que joga no ataque acaba sofrendo mais, tendo algumas pancadas. Eu posso dizer que em tomar pancadas eu já sou acostumado, por onde eu passei, fui sempre muito caçado. O árbitro faz o trabalho deles que é proteger todos os jogadores, não só a mim, eu acho que eles procuram fazer da melhor maneira possível, às vezes tem uma situação ou outra que passa despercebido, mas é uma situação de jogo. Eu particularmente estou muito feliz aqui, com o desempenho dos árbitros que procuram estar presente e abrem diálogo para conversa, isso é muito bacana, quando você consegue conversar com o árbitro, não reclamar, porque acho que quando se tem uma conversa, a gente procura chamar um pouco mais de atenção. Vou procurar me livrar dessas faltas aí.