POR JÉSSICA MAYARA E MATHEUS RIBEIRO
O ano de 2020 começou conturbado e ao decorrer da temporada se tornou ainda mais difícil para o Cruzeiro: disputa da Série B, crise financeira e jogadores deixando o clube. Tudo isso teve um reflexo em campo, direta e indiretamente.
A princípio, todos os holofotes se viraram para a ineficiência ofensiva do elenco celeste, mas o setor defensivo da equipe também não se encontra em seus melhores momentos.
Com uma média de 0,92 gols sofridos por partida, a Raposa só saiu ilesa – sem ver a sua rede ser balançada pelo adversário – em seis das 27 partidas disputadas na temporada. Um histórico raro para o time estrelado.
Isso porque, ao contrário dos dois últimos anos, 2019 – temporada em que a crise extra e intra campo celeste se instalou – e 2020, o Cruzeiro sempre apresentou solidez em sua defesa.
Nos demais dois últimos anos (2017 e 2018), por exemplo, a Raposa apresentou uma média de 0,88 e 0,80 gols por partida, respectivamente. Em 2017, foram 75 jogos e 66 gols sofridos. Já em 2018, nas 74 partidas em que esteve em campo, o time celeste viu suas redes serem estufadas apenas 59 vezes.
ADVERSÁRIOS ‘MATADORES’
Em 21 dos 27 confrontos na temporada, Fábio viu os adversários balançarem as suas redes por 25 vezes. Ao todo, foram 15 times diferentes que marcaram contra a Raposa.
Destes, dois foram verdadeiros carrascos da defesa celeste: o CRB e o rival América-MG. Enquanto o time de Maceió deixou a sua marca quatro vezes, em três jogos, o Coelho fez três gols na defesa celeste. Ao todo, foram disputados dois clássicos mineiros.
Mas, apesar disso, o “matador” da defesa do Cruzeiro tem nome e sobrenome: Léo Gamalho. O atacante – conhecido como Ibra do Nordeste – marcou todos os quatro gols feitos pelo CRB diante da Raposa.
Os demais clubes que não deixaram passar batido e deixou seu gol anotado na súmula da partida foram: Tupynambás, São Raimundo-RR, Patrocinense, Tombense, Uberlândia, Boa Esporte, Atlético-MG, Coimbra, Botafogo-SP, Guarani, Chapecoense, Confiança e Brasil de Pelotas.
PASSOU ILESO
Apesar da média de quase um gol por partida, em alguns jogos, a Raposa saiu sem sofrer nenhum gol. Foram apenas seis em 27 oportunidades.
Os adversários que não conseguiram, em nenhum confronto na temporada, furar a defesa estrelada foram: Villa Nova-MG, URT, Caldense, Figueirense e Vitória.
Por outro lado, o Boa Esporte até conseguiu balançar as redes celestes, mas em pelo menos uma oportunidade não conseguiu marcar contra o Cruzeiro.
PROMESSA DE DEFESA ESTÁVEL?
Adilson Batista, Enderson Moreira e, agora, Ney Franco. Esses foram os treinadores do Cruzeiro na temporada. Os dois primeiros encontraram muitas dificuldades para manter a defesa consistente. Não à toa, a campanha de ambos não engatou e acabaram demitidos pela diretoria do clube.
Ney Franco, por outro lado, chegou a pouco tempo. Ainda não se sabe se o estilo de jogo apresentado na última partida do time, e primeira do técnico à frente do atual elenco celeste, irá se manter. Mas além de a Raposa não ter sofrido gols na partida contra o Vitória, a defesa celeste se mostrou segura.
De acordo com o site de estatísticas SofaScore, ao decorrer da partida, foram três defesas feitas pelo goleiro – Fábio –, 18 interceptações, 19 desarmes e oito cortes.
Será essa a promessa de estabilidade no setor?
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