Com a saída de Fernando Diniz do comando técnico da equipe, a diretoria incialmente achou que seria uma boa ideia manter Marcão, auxiliar permanente do clube, como treinador do Fluminense até o fim da temporada.
No entanto, o presidente Mário Bittencourt e seus dirigentes mudaram de ideia, e Mano Menezes foi o nome escolhido para substituir o legado de Diniz. A ideia é ter um técnico ‘cascudo’, com bastante experiência em futebol brasileiro, principalmente o Brasileirão, já que a situação é preocupante pro Tricolor das Laranjeiras.
Com isso, surgiram alguns questionamentos acerca dos obstáculos que o Mano terá que percorrer com essa equipe, como por exemplo o alto índice de lesão do elenco, que desfalcou peças cruciais como o André.
Outra fator interessante, apresentado pelo jornalista Felipe Barros, é em relação às distâncias percorridas pela equipe do Flu, de 8,47km por jogo, sendo a 12ª que mais percorre entre os 20 times do Brasileiro.
Considerando um pique de alta intensidade àqueles acima de 20km/h, o Fluminense é a 17ª equipe que mais realiza piques intensos como esse, a frente de Vitória e Fortaleza, apenas. Nitidamente, um elenco mais ‘envelhecido’ explica esses dados, majoritariamente. Além, claro, de jogadores longe de suas melhores formas física, como o Germán Cano.
Mais uma estatística a qual o Fluminense desempenha mal, muito talvez pela alta idade do plantel, é em relação aos ‘sprints’, ou seja, a quantidade de vezes que um atleta supera a barreira dos 25km/h, muito comum nos pontos rápidos. O Tricolor é a 19ª equipe com mais sprints no campeonato.
Para finalizar, os estudos do jornalista Felipe Barros apresentam que o Fluminense é a equipe em que apresenta a menor velocidade máxima de jogadores entre todos os times do Brasileirão. Ou seja, novamente, jogadores com idades mais avançadas tendem a correr menos, atingir velocidades menores e em menos tempo, contribuindo para esses dados negativos citados.
É claro, tais estatísticas não necessariamente indicam um futebol ruim do ponto de vista técnico e tático, até porque, vale destacar, que o ‘Dinizismo’ tinha como característica um estilo de jogo com a bola no pé, na qualidade de troca de passes, e não necessariamente explorando a velocidade do elenco, que não é extravagante.
Mas ao mesmo tempo, é um perfil o qual o Mano Menezes terá de se adaptar, um estilo de jogadores o qual não é utilizado grandes arrancadas, longas distâncias percorridas, etc. O novo treinador do Fluminense pode vir a ter algumas dores de cabeça nessa dura missão de salvar o clube do rebaixamento.
