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‘Já que ninguém entra, espero que ninguém saia’, reclama Abel Ferreira após classificação do Palmeiras na Libertadores

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Abel Ferreira no comando do Palmeiras em jogo. Cesar Greco/Palmeiras
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Na altitude de 2.850 metros de Quito, no Equador, o Palmeiras entrou em campo invicto na Libertadores 2021 e 100% na competição, defendendo um retrospecto de 11 jogos seguidos sem derrotas fora de casa contra o forte time do Independiente Del Valle. Com a situação confortável no Grupo A, com 9 pontos, 5 na frente dos principais concorrentes, o próprio Del Valle e o Defensa y Justicia, da Argentina, o Verdão confirmou mais um triunfo para ampliar ainda mais a vantagem.

Com a vitória de 0x1, o Palmeiras se tornou o primeiro time a se classificar às oitavas de final da Libertadores e segura todos esses feitos. Agora, o verdão torce por um empate entre Defensa y Justicia e Universitario, que, se acontecer, garante o Palmeiras nas oitavas de final em primeiro no Grupo A.

Na coletiva de imprensa, o técnico Abel Ferreira falou sobre a estratégia utilizada para vencer o Independiente Del Valle fora de casa:

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— A minha função enquanto treinador é estudar os adversários, é perceber o que fizeram no presente e no passado e perceber que outras equipes que vieram aqui e conseguiram ganhar, e não foram muitas, e os que vieram aqui e procuraram um jogo de intensidade e saíram humilhadas. Portanto, eu, juntamente com os jogadores, a estratégia de jogo foi partilhada com eles. Tivemos uma conversa entre nós, é minha primeira vez que jogo em altitude como treinador, quis ouvir todos os meus jogadores, os mais experientes e os mais novos e traçar uma estratégia planejada entre nós. Portanto, hoje, a estratégia tática não foi minha, foi dos jogadores, foram eles que me ajudaram, foram eles que se comprometeram com uma estratégia tática que poderia ser a melhor para conseguirmos vencer aqui nosso adversário. Portanto, quero dizer que tenho certeza absoluta que muitos jogadores que hoje treinam, no futuro poderão ser grandes treinadores, porque hoje vimos aqui uma equipe que teve a arte e o engenho de saber bem defender – afirmou o treinador.

Rony, como sempre, se destacou pela entrega e assim respondeu o técnico Abel Ferreira quando questionado se o camisa 7 não se cansa nunca:

— Eu não gosto muito de falar individualmente e peço para vocês jornalistas façam mais perguntas coletivas de estratégias e não individualmente, porque essa equipe joga coletivamente. Como eu respondo a todas essas perguntas, o Rony tem essas características, não é de hoje, não fui eu que lhes dei, não fui eu que lhe ensinei, é algo que está dentro dele. Ele é um jogador com fibras rápidas e que pode nos ajudar em todos os momentos seja em contra-ataque, em ataque posicional ou até para defender. Espero que o Palmeiras não o venda, já aproveito para pedir para a diretoria. Já que ninguém entra, espero que ninguém saia. É um jogador fundamental para nossa dinâmica coletiva enquanto equipe – complementou o técnico português.

Vale ressaltar a frase no final da resposta em que Abel Ferreira manda um recado direto para a diretoria do Palmeiras, pedindo contratações: “Já que ninguém entra, espero que ninguém saia. É um jogador fundamental para nossa dinâmica coletiva enquanto equipe”.

Abel Ferreira ainda valorizou o ímpeto do Palmeiras como equipe na coletiva de imprensa:

— Acho que isso é notório, nossa equipe é forte como coletivo, nós não temos estrelas, a estrela é a equipe. Nós jogamos e desfrutamos da forma de jogar de forma coletiva, essa é minha forma de ver e de pensar e por isso que não gosto das perguntas muito individuais, mas foi exatamente como disse, na nossa organização coletiva, na qualidade individual e coletiva da nossa equipe, na inteligência tática que tivemos para levar daqui um bom resultado na casa de um adversário muito forte, que joga não só com a identidade que tem, mas também na altura – afirmou Abel Ferreira.

Além disso, o treinador evitou usar a desculpa da altitude e optou por apenas pontuar sobre um lance notório da partida:

— Um lance muito bonito se vocês quiserem ver é uma situação na segunda parte em que o Danilo Barbosa entrou e fez uma situação de transição, perdeu a bola e reparem no tempo que demorou para chegar na posição e como chegou nela, meteu as mãos no joelhos e imaginem isso. Era um jogador que tinha acabado de entrar, que devia estar fresco, e, portanto, hoje competimos não só com o adversário, mas com a situação da altitude. Mais uma vez quero reforçar: é um orgulho ser treinador desses jogadores, dessa equipe, pertencer a essa família e quando todos somos um, somos uma equipe muito mais forte – encerrou o português.

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