Com o treinador Abel Ferreira cumprindo suspensão, o auxiliar técnico João Martins comandou o Palmeiras no clássico contra o Santos e foi para a tradicional entrevista coletiva pós-jogo.
João Martins analisou as dificuldades do Palmeiras diante do Santos, criticou o gramado da Vila Belmiro, elogiou o garoto Luis Guilherme e projetou a recuperação da equipe para o confronto contra o Cerro Porteño.
Análise da partida e crítica ao gramado da Vila Belmiro
-Hoje nós estávamos a espera de um jogo competitivo, preparamos nossos atletas para isso. No primeiro tempo, claramente, o Santos conseguiu competir mais do que nós, esteve mais intenso e mais agressivo sobre a bola e a razão é simples, quando estavam na primeira fase, tiravam o peso sob a bola e jogavam pela segunda bola, nós quando estávamos na primeira fase de contrução tentávamos sair jogando e perdíamos a bola. Isso fez com que o jogo passasse alguns momentos no nosso meio-campo e nós sem a bola. No segundo tempo as coisas mudaram, conseguimos voltar ao que era antes e competir mais que o Santos, mas volto a dizer, com esse gramado, apenas um jogo direto ou uma ação individual, porque é quase impossível. Falo por nós, mas o Santos passou pelas mesmas dificuldades, a diferença é que já estão adaptados-, afirmou o auxiliar João Martins.
Luis Guilherme
-Hoje nós fizemos uma avaliação clara que foi muito parecido com o que o Santos faz, precisávamos de ações individuais e de jogadores que conseguissem resolver sem ajudas e sem apoios. Optamos pelo Luis porque ele tem essa exclusividade e essa forma de jogar. É um jogador que se adaptou muito bem ao nosso contexto, ele quer sempre evoluir e aprender e têm uma capacidade incrível. Vai precisar de tempo, como todos, vai errar, faz parte da idade, mas esperamos que acerte mais do que erre. Hoje, decidimos optar por ele, teve um bom desempenho, mas infelizmente não conseguimos criar mais situações para conseguir mostrar mais dessa capacidade-, elogiou João Martins.
Projeção para a partida contra o Cerro Porteño
-É o que nós sentimos quando temos três e dois dias (de descanso) hoje foi um caso que só tínhamos dois dias, o jogo foi quarta-feira e sábado, essas 24 horas fazem toda diferença, porque estes jogadores têm uma adaptação muito grande e uma preparação para se recuperar de um jogo muito grande. Para o jogo contra o Cerro Porteño teremos três dias, por isso achamos que poucos nos preocupam, precisamos ver o caso do Gustavo Goméz, o retorno do Marcos Rocha, temos o Veiga com alguns problemas e até mesmo o Rony, mas eu acho que com esses três dias vamos conseguir driblar essas limitações-, projetou o substituto do Abel Ferreira.
O Palmeiras enfrenta o Cerro Porteño na próxima quarta-feira(24), às 19h(de Brasília), no Estádio General Pablo Rojas, no Paraguai, pela quarta rodada da fase de grupos da Libertadores.