A seleção da Alemanha protestou antes da bola rolar para a partida contra o Japão, na manhã desta quarta-feira (23), no estádio Internacional Khalifa, pela primeira rodada do Grupo E da Copa do Mundo 2022. O gesto de tapar a boca foi em resposta a proibição imposta pela FIFA para que os atletas não usem a braçadeira especial com as cores do arco-íris, em apoio à comunidade LGBTQIA+ e em protesto contras as leis do Catar.
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A FIFA ameaçou punir os jogadores que entrassem em campo com a braçadeira “One Love”. Caso algum atleta infringisse esta norma, poderia receber cartão amarelo. Nas redes sociais, a federação alemã de futebol se pronunciou sobre o protesto.
– Com a nossa braçadeira de capitão quisemos dar o exemplo pelos valores que vivemos na seleção: a diversidade e o respeito mútuo. Junto com outras nações, nós queríamos que nossa voz fosse ouvida. Não se trata de uma mensagem política: os direitos humanos são inegociáveis. Isso deve ser feito sem dizer. Mas infelizmente ainda não é. É por isso que esta mensagem é tão importante para nós. Negar-nos a braçadeira é o mesmo que nos negar uma voz. Nossa postura permanece.
Nas arquibancadas, Nancy Faeser, ministra do interior alemã, usou a braçadeira colorida com a frase “One Love”. Ao lado dela acompanhando a partida estava, o presidente da Associação de Futebol da Alemanha, Bernd Neuendorf, que apoia os protestos e já criticou a FIFA em algumas entrevistas.
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Manuel Neuer, goleiro e capitão da Alemanha, entrou em campo com uma braçadeira escondida por debaixo da manga da camisa. Antes do jogo, o bandeirinha pediu para verificá-la. O jogador mostrou para o auxiliar, que em seguida correu para sua posição.
A Alemanha está no Grupo E da Copa do Mundo, junto com Japão, Espanha e Costa Rica.