Olimpíadas

Jogos Olímpicos de Paris comprovam importância do investimento em educação para a conquista de medalhas para o Brasil

Evento com a medalha (Foto: Renato Santos/Divulgação)

As medalhistas Beatriz Souza e Larissa Pimenta do judô e
Natinha do voleibol foram bolsistas no Colégio Amorim, na
cidade de São Paulo, e competiram em torneios escolares

Foto: Renato Santos/Divulgação

O Brasil deixou os Jogos Olímpicos de Paris 2024 com 20 medalhas (três ouros, sete pratas e 10 bronzes) e muito se fala sobre investimento na carreira do atleta para que chegue ao nível de se tornar um atleta olímpico e quem sabe um medalhista. Neste contexto o investimento vem desde a formação de base, momento em que ainda estão em período escolar.

Beatriz Souza (ouro +78kg e bronze por equipes no judô), Larissa Pimenta (bronze -52kg e bronze por equipes no judô) e Natinha (bronze no voleibol) têm algo em comum: foram bolsistas e atletas durante o Ensino Médio no Colégio Amorim, na cidade de São Paulo.

Beatriz Souza conquistou o ouro em Paris (Foto: Divulgação/CBJ)
Foto: Divulgação/CBJ

O colégio desenvolve há 20 anos um projeto esportivo em paralelo com o plano pedagógico inspirado no formato americano em que possibilita aos alunos a prática esportiva como bolsistas, são cerca de 300 bolsas por ano nas mais diversas modalidades.

Além das medalhistas nos Jogos de Paris o colégio tem uma galeria de grandes nomes do esporte espelhados pelo mundo, entre eles estão: Rafael Veiga do Palmeiras, Matheus Araújo e Léo Mana do Corinthians, Guilherme Arana do Atlético Mineiro, Malcom Oliveira do Al-Hilal, Gabriel Martinelli do Arsenal e Murilo Santiago do Nottingham Forest.

– Nosso projeto é bem sucedido, pois o nosso departamento pedagógico compreende a importância do desenvolvimento esportivo na vida dos jovens, o envolvimento do corpo docente possibilita a reorganização do calendário de tal forma que o atleta não sejaprejudicado e consiga dar conta das tarefas escolares, valorizando o esporte como mais um agente formador – disse Hélcio Oliveira, diretor esportivo do colégio.

Medalha em Paris 2024 (Foto: Divulgação/CBJ)
Foto: Divulgação/CBJ

A direção do colégio não informou qual o valor do investimento com as bolsas concedidas, mas declarou ter contratos de parceria para fornecimento de bolsas de estudo com o Corinthians, Pinheiros, Ibrachina e Esperia, em contrapartida os alunos atletas também treinam e competem pelo colégio que mantém uma estreita relação com os departamentos esportivo e pedagógico dos clubes para conciliar e se necessário ajustar o calendário pedagógico aos torneios que participam.

– Sou muito grata por tudo o que fizeram por mim enquanto estive aqui, esta medalha é a prova de que estávamos no caminho certo, ela é nossa e por isto quis vir aqui pra agradecer e compartilhar este momento – afirmou a líbero Natinha, em visita ao colégio na última sexta-feira quando foi recebida por centenas de alunos, professores e familiares.

Outros atletas que passaram pelo colégio e que estavam nos jogos de Paris foram: Yago Santos e Georginho de Paulo no Basquetebol, Marcela Arouniam, Kelly Rosa e Mariana Bitollo no Handebol Feminino, Ana Carolina Vieira, Beatriz Dizotti, Giovana Guilherme na Natação.

– O investimento se justifica pelos frutos que colhemos para além do âmbito escolar, o esporte na escola é um campo imenso para ser explorado, num país que é uma grande potência esportiva no mundo, é na escola que tudo começa então precisamos divulgar mais, temos muitas pedras que as escolas podem ajudar a lapidar, por isto somos uma referência a ser seguida por outros colégios e estamos com as portas abertas para ajudar – explicou o diretor, que já participou de conferências com a CBDE (Confederação Brasileira do Desporto Escolar) com o objetivo de compartilhar suas experiências com outras escolas do país.

Diversos atletas brasileiros que conquistaram grandes colocações em Paris foram bolsistas em escolas e/ou fizeram parte de algum projeto social nas suas cidades, daí a importância do investimento em educação para que o Brasil possa formar ainda mais medalhistas ou, no mínimo, realizar uma transformação social garantindo que nossas crianças e jovens tenham acesso a oportunidades que extrapolem os limites da escola proporcionando um desenvolvimento completo e saudável.

– Ainda que o aluno não se torne um atleta de alto rendimento, o esporte, quando suporte ao trabalho pedagógico, dá a ele a possibilidade de seguir sendo protagonista na carreira que escolher, com a visita da Natinha pudemos comprovar, a assessoria dela, que estava acompanhando o evento, é dirigida por dois ex-alunos atletas e por um ex-professor do colégio, todos realizados e bem sucedidos – finalizou Hélcio Oliveira.

Clique para comentar

Comente esta reportagem

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

As últimas

Para o Topo