POR GABRIEL RODRIGUES E JOÃO PEDRO FARAH
A noite de sexta-feira foi agitada na política do Vasco. A Junta de Recursos impugnou o nome do presidente do clube Alexandre Campello e o tornou inelegível para as eleições que acontecem em novembro. Em publicação no Twitter, o mandatário classificou o ato como uma “manobra política covarde” de Roberto Monteiro, presidente do Conselho Deliberativo do clube e disse que recorrer em “foro competente”
– Identidade Vasco não perde uma chance de ser Identidade Vasco. Acabo de tomar conhecimento de que a Junta de Recursos impugnou meu nome na lista de elegíveis. Mais uma manobra política covarde do Sr. Roberto Monteiro que certamente será derrubada no foro competente – publicou Campello no Twitter.
O pedido de impugnação do nome de Alexandre Campello foi feito por Elói Ferreira de Araújo, primeiro vice-presidente do clube. A decisão foi tomada pela Junta de Recursos nesta sexta-feira. Faues Cherene Jassus, o Mussa, presidente da Junta Deliberativa e Otto de Carvalho, membro do Conselho Fiscal, foram contra a impugnação. Edmilson Valentim, presidente do Conselho Fiscal, e Landa Montenegro, membro do Conselho Fiscal, foram à favor. Como o voto de Valentim tem peso dois em caso de empate, foi acatado o pedido.
Um dos argumentos usados para a impugnação é de que Campello estaria devendo a mensalidade referente ao mês de dezembro de 2019 e o 13º do mesmo ano. O outro é faz referência a reprovação de suas contas referentes ao exercício de 2018. Campello nega a primeira informação e diz que “se basearam numa cláusula de um estatuto que sequer foi aprovado”.
Em contato com o Esporte News Mundo, Elói Ferreira diz que a argumentação está baseada no Profut.
– Ele não está nem sendo dissimulado – está mentindo mesmo! A impugnação dele tem como fundamento a reprovação das contas dele. Portanto, em conformidade com a legislação do Profut. É a defesa de Club de Regatas Vasco da Gama que está em causa. Não se pode admitir que alguém que tenha tido as contas reprovadas na presidência do Club. Destaca-se que as contas foram reprovadas e o mesmo não as retificou. Portanto, está inadimplente, conforme a lei do Profut – afirmou Elói Ferreira.