Copa do Mundo - Qatar 2022

Kasper Hjulmand carrega responsabilidade para si após eliminação da Dinamarca

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Paul Ellis/AFP via Getty Images
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Com uma campanha excepcional nas Eliminatórias e um desempenho surpreendente na Euro, a Dinamarca chegou ao Qatar como uma das possíveis surpresas da Copa do Mundo 2022. E foi, mas no sentido negativo. Nesta quarta-feira (30), a seleção dinamarquesa foi derrotada pela Austrália por 1 a 0 e deu adeus ao Mundial ainda na fase de grupos como último colocado do Grupo D, sem vencer e com apenas um ponto conquistado em três rodadas. Após o jogo, o técnico Kasper Hjulmand concedeu entrevista coletiva e mostrou total desânimo e frustração com o resultado.

“Não há análise da partida. Estou decepcionado, frustrado e a análise terá que ser posterior. No momento, estou fervilhando com várias emoções. É minha responsabilidade total. Se as coisas desmoronam quando estamos na fase final, a responsabilidade é toda minha. Dói muito em nós. Então só podemos lamentar não termos conseguido ir longe. É uma frustração.”

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O sentimento de decepção com a campanha e por não corresponder às expectativas citadas antes do torneio foi compartilhado por todo o restante do elenco. Vários jogadores foram entrevistados e todos foram unânimes em apontar que marcar apenas um gol em três jogos foi um grande fracasso. Um deles foi o zagueiro Joachim Andersen.

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“Hoje, novamente não acho que estamos jogando com o que somos capazes. Acho que não criamos o suficiente. Em seguida, eles marcaram um gol no segundo tempo. Não sei exatamente o que dizer. O que entregamos não é bom o suficiente. É justo que sejamos eliminados, mas isso nunca deve acontecer. Somos uma equipe muito boa e não conseguir passar da fase de grupos é um grande fracasso.”

Stuart Franklin/Getty Images

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Quando o elenco da Dinamarca chegou aos vestiários após o jogo, o técnico Kasper Hjulmand e o zagueiro Simon Kjær dialogaram. Questionado sobre qual o assunto, o meia Christian Eriksen tergiversou, além de lamentar o baixo desempenho de todo o grupo.

“O que conversamos é algo que guardamos para nós, mas há uma grande decepção e é algo que vai nos incomodar. Mas não há nada a fazer a voltar para casa, tirar as lições e temos que dar sequência ao trabalho. Acho que gostaríamos muito de ter causado uma impressão melhor, pessoalmente também acho isso. Claro que se quer ser decisivo e ajudar o máximo possível. No fim, porém, estamos aqui com um ponto em três jogos e nenhum de nós realmente criou muito. É uma grande decepção. Um sentimento muito, muito amargo. Acho que não atingimos o nosso nível máximo onde deveríamos e a culpa é nossa. Movimentamos bem a bola, nos movemos bem e isso é amargo porque não marcamos naquele período, não abrimos o jogo a nosso favor e isso teve seu preço.”

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Outro jogador importante na seleção, o meia Pierre-Emile Højbjerg destacou que, por causa do ínfimo rendimento, a eliminação foi merecida e a equipe não foi merecedora de avançar às fases eliminatórias da Copa do Mundo.

“Acima de tudo, não é bom o suficiente. Está abaixo do nível, abaixo da média. É vergonhoso. Pelo menos isso é o que entendo agora. É vergonhoso porque não chegamos no nosso nível, porque nós sabemos que somos melhores do que isso. Precisaríamos nos apresentar melhor. Deveríamos ser capazes de contornar as expectativas e a pressão que existe. Talvez não pudéssemos, não sei. Mas está abaixo do nível e isso não é bom o suficiente. No final das contas, não é injusto, pelo menos se olharmos a forma como jogamos, não melhoramos. O adversário vem diferente porque ainda está mais preparado para derrubar e tem que saber contornar isso. Deve ser capaz de transformar isso em algo positivo. Acho que não poderíamos lidar bem com isso como equipe.”

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