Em entrevista à Cazé TV, Lisca afirmou que o Palmeiras teria pago uma mala branca ao Ceará no Campeonato Brasileiro 2018. De acordo com o técnico, que comandava o Vozão na época, o incentivo foi destinado ao duelo contra o Internacional, que disputava o título nacional. O clube paulista nega a informação.
— Sempre chega via jogadores (mala branca). Em 2018 recebemos, eu estava no Ceará. Jogaríamos contra o Inter, e o Palmeiras ofereceu mala branca, pagou aos jogadores. Recebemos e na hora da divisão foi uma confusão, a mala branca mais atrapalhou… – disse o treinador.
O jogo relatado pelo treinador foi o confronto válido pela 33ª rodada do Brasileirão 2018. Na ocasião, o Internacional seguia na briga pelo título e estava a cinco pontos do Palmeiras, líder da competição. O Colorado visitou o Ceará na Arena Castelão e ficou no empate em 1 a 1. Naquele ano, o time paulista sagrou-se campeão brasileiro.
— Os jogadores, naquela época, falaram que seria só nosso. Só atrapalhou, atrapalhou no jogo, porque os jogadores deram tudo contra o Inter e, no jogo seguinte, todo mundo com tanque vazio (risos). Foi ruim (a experiência), a gente empatou o jogo, achei que era só para ganhar o jogo, mas na verdade era para empatar, também. Foi a única experiência que tive e não foi muito legal. Depois que eu soube que ela é proibida, eu procuro não participar – acrescentou Lisca.
O pagamento de mala branca é proibido pelo Código Brasileiro de Justiça Desportiva. O artigo 242 define que “dar ou prometer vantagem indevida a membro de entidade desportiva, dirigente, técnico, atleta (…) para que, de qualquer modo, influencie o resultado de partida, prova ou equivalente” pode acarretar em uma multa de R$ 100 a R$ 100 mil e suspensão de 180 a 360 dias.
Procurado pelo ge, o Palmeiras negou a informação e declarou que não realizou o pagamento ao Vozão. Ao veículo, o Ceará disse que não irá se pronunciar sobre o caso.