O treinador Lisca e o presidente Marcos Salum foram julgados na manhã desta quarta-feira (10) pela Terceira Comissão Disciplinar do STJD do futebol. Ambos foram denunciados, após a partida contra Avaí válida pela última rodada da série B do Campeonato Brasileiro de 2020, por ofensas. O técnico, por unanimidade de votos, foi punido com dois jogos de suspensão, já o presidente foi suspenso por 20 dias. A decisão ainda cabe recurso.
A Procuradoria denunciou Lisca e Salum por protestarem de forma desproporcional contra a arbitragem afirmando que o América-MG foi prejudicado outra vez. As críticas do treinador, constantes durante todo o campeonato, foram direcionadas ao trio de arbitragem, ao árbitro Anderson Daronco e ao presidente da Comissão de Arbitragem, Leonardo Gaciba.
Uma das falas de Lisca, na entrevista após o jogo contra o Avaí que o levaram a ser denunciado, foi: “Não vou usar a palavra mais forte porque meu depoimento não vale, o que vale é a súmula, não respeitam o que o treinador fala. Mas é lamentável, lamentável o que a gente viu nesse campeonato de pontos corridos, com 38 rodadas, ser decidido pela arbitragem. O tempo todo foi assim, contra o América, e hoje foi mais uma vergonha.”
O presidente do América-MG, Marcos Salum, por sua vez, havia dito o seguinte: “Já que nós vamos gravar para o Brasil todo, eu vou falar. Primeiro, parabéns (ao Lisca). Segundo, que isso é uma vergonha. Uma vergonha nacional. Já deviam ter dado o campeonato há três rodadas. Não deviam ter feito a gente sofrer até o último minuto não. É um absurdo o que fizeram com a gente esse ano. Dá vontade de largar o futebol. A gente já sabia que estava escrito que a Chapecoense deveria ganhar o campeonato e isso não é culpa dela não.”
Ambos reconheceram que podem ter excedido o limite mas mantiveram as reclamações da partida, e do campeonato, em questão.