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LoL: CEO da Riot Games é inocentado de acusações de assédio sexual

Nicolo Laurent, CEO da Riot. Reprodução/Riot Games

Nicolo Laurent teria enviado mensagens de cunho sexual para funcionária durante viagem da esposa

Na última terça-feira (16), a diretoria da Riot Games expressou não ter encontrado provas de má conduta por parte de Nicolo Laurent, CEO da empresa, no que diz respeito à acusação de assédio sexual feita por uma ex-funcionária. Sharon O’Donnel, antiga assistente executiva da Riot, registrou o processo em janeiro de 2021, relatando posturas sexistas e mensagens com insinuações sexuais.

Ao longo do caso, Sharon expôs o recebimento de mensagens do CEO a convidando para ir à sua casa em um dia que sua esposa não estivesse em casa, utilizando de trocadilhos para impor duplos sentidos de teor sexual. Segundo o Washington Post, O’Donnel também expôs a forma depreciativa a qual Nicolo se referia às mulheres de uma maneira geral, bem como à sua feminilidade. A ex-funcionária contou que sua recusa em relevar e se submeter aos comportamentos de Nicolo Laurent foram os motivos que levaram à sua demissão.

Frente às acusações, tanto a Riot Games como seu CEO negaram fortemente o ocorrido. A empresa montou uma comissão especial de diretores para avaliar, junto à uma firma de advocacia, as declarações feitas contra Laurent. No dia 16 de março, a diretoria veio a publico confirmar que não haviam sido encontradas provas das supostas condutas. A comissão foi composta de três pessoas: Youngme Moon, professora na Havard Business School, e outros dois executivos de nível C da empresa chinesa Tencent, dona da Riot Games. Os nomes desses executivos não foram divulgados pela companhia. Segundo a apuração do Washington Post, o comitê explicou que não encontrou motivos para afastar ou punir o CEO, tendo em vista que não foram encontrados indícios de comportamento inadequado da Laurent.

“Nós concluímos que não houve evidência de que Laurent assediou, discriminou ou retaliou contra a demandante”, diz a declaração do comitê apurada pelo Washington Post. “Nós chegamos, portanto, à conclusão de que, no dado momento nenhuma ação deve ser tomada contra Laurent”.

O Riot Games informou, pouco tempo depois do processamento da queixa de Sharon, que o motivo pelo qual a mesma foi demitida tem a ver com a grande quantidade de reclamações de diversos outros funcionários da Riot em relação à acusadora, e que inclusive essas reclamações foram endereçadas à ex-funcionária sem maiores mudanças de postura, explicando assim sua demissão.

“A reclamante foi demitida da empresa há mais de sete meses com base em várias reclamações bem documentadas de uma variedade de pessoas. Qualquer sugestão de outra coisa é simplesmente falsa” disse um representante da Riot em fevereiro. Ainda sobre o assunto, a empresa disse que a funcionária “foi demitida após mais de uma dúzia de reclamações de funcionários e parceiros externos e depois de várias discussões de coaching para tentar resolver essas preocupações”.

O advogado de Sharon O’Donnel refutou ainda em fevereiro a declaração da Riot.

“Em. O’Donnell nega veementemente que sua demissão injusta tenha algo a ver com reclamações feitas por funcionários ou parceiros externos”, escreveram os advogados da demandante na firma de Sottile Baltaxe. “Ela alega que nunca teve conhecimento de tais queixas. Nem houve qualquer ‘treinamento’. Em vez disso, houve comentários sexistas feitos sobre seu ‘tom’. Ela alega que foi injustamente encerrada porque se recusou a ceder às propostas sexuais de Nicholas Laurent. Ela também alega que também foi demitida injustamente porque era uma mulher forte em uma empresa sexista dominada por homens, onde as mulheres são desvalorizadas.”

O comitê da Riot Games disse que o caso pode ser reaberto caso hajam “novas provas” do ocorrido, mas que até lá, não vê motivos para uma ação punitiva contra seu CEO.

Via: Washington Post

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