Em agosto de 2019, assim que foi anunciada a contratação de Daniel Alves pelo São Paulo, muitas discussões sobre a posição em que ele deveria atuar foram realizadas. A dúvida persistia se ele iria ocupar o meio de campo ou permaneceria na posição em que se consagrou: A lateral direita.
Em entrevista ao Bandsport, o superintendente de relações institucionais do São Paulo, Diego Lugano, contou que desde o início, Daniel já era cotado para jogar de meia. Uma maneira de forçar que isso acontecesse, foi a contratação de Juanfran para a lateral direita. “Está claro que naquele caso, em que tive a oportunidade de ir à Europa e falar com os dois jogadores (Juanfran e Daniel Alves), imediatamente assim que trouxemos o Daniel Alves, no mesmo dia trouxemos o Juanfran. Obviamente para frear essa lógica polêmica que vai ter no Brasil de que um cara como o Daniel Alves deveria jogar como lateral em um futebol como o brasileiro. Eu acho isso uma barbaridade, por isso que imediatamente trouxemos o Juanfran, para frear essa pressão, para que os treinadores tenham um argumento maior para colocar o Daniel no meio de campo” explicou Lugano.
Apesar de ter se consagrado como lateral direito na Seleção Brasileira e também na Europa, o jogador já havia expressado publicamente seu desejo por ocupar o meio do campo no futebol brasileiro. Para ele seu maior aproveitamento ocorria exatamente quando jogava nessa posição. Com a chegada de Fernando Diniz, o camisa 10 tornou-se o segundo volante e se destacou no Tricolor. Hoje, Alves é o artilheiro do São Paulo na temporada com cinco gols em onze jogos.
“Eu acho que o Daniel Alves não pode em um futebol como o brasileiro estar condenado a correr atrás de um Everton Cebolinha, Dudu, de um Bruno Henrique, um Soteldo… Acho que é muita qualidade e muito chamar jogo, muita ambição do campo para deixar ele de lateral. Digo isso no futebol brasileiro, né. No Barcelona ele sempre jogava do meio campo para frente. Na Seleção, em 2007, quando ganhou de nós, o Uruguai, na semifinal, ele jogava na segunda linha. Na Juventus, ele jogava como ala, sempre do meio para frente” analisou o ex-zagueiro.
Ainda na entrevista, comentou a respeito de seu colega Edinson Cavani. No início de abril, uma fala de Lugano a uma rádio argentina, deu esperanças de que Cavani poderia estar próximo do São Paulo. Apesar das especulações, o dirigente revelou que é impossível a chegada do atacante neste momento. “Já falei para ele, sim (sobre o São Paulo), inclusive no ano passado, quando estive em Paris falei com ele. Mas é um jogador de muito potencial, tem muito mercado, é impossível. Se fizermos uma vaquinha aqui com todos os clubes Sul-Americanos, com o Euro a R$ 6… É impossível. Mas é um cara sensacional e tomara que na Europa possa ser muito feliz” finalizou.