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Luxemburgo é apresentado no Vasco: ‘Não foi um convite, foi uma convocação’

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Foto: Reprodução/ VascoTV
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Anunciado na última quinta-feira (31), como novo treinador do Vasco, Vanderlei Luxemburgo foi apresentado na tarde desta segunda-feira (4), no CT do Almirante, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Em uma coletiva de imprensa por videoconferência, Luxemburgo abordou diversos assuntos, entre eles, sobre o retorno ao Vasco da Gama:

– Terceira vez (que passa pelo Vasco). Minha história no futebol começou no Vasco da Gama. Eu tenho um orgulho muito grande disso, de ter trabalhado como assistente do (Antônio) Lopes. O primeiro time que eu dirigi foi o aspirantes do Vasco, em uma preliminar no Maracanã. Eu tenho uma história que vem lá de trás no Vasco. Voltar ao Vasco da Gama, que eu entendi neste momento, que eu vinha dessa Covid. Ainda tenho um pouco de tosse… porque é normal, fica algum resquício, ficamos debilitados no sentido de… fica no corpo da gente.

– Mas vendo o momento do Vasco, restando 12 jogos, o que o Vasco da Gama fez por mim, tive o prazer de trabalhar com o Campello no ano passado e botamos na Copa Sul-Americana. Nesse momento é muito difícil as pessoas aceitarem, mas eu não sou covarde. Estou aqui. Entendi que não foi um convite, foi uma convocação.

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SALÁRIOS ATRASADOS E SAÍDA NO INÍCIO DO ANO PASSADO

Se tivesse ficado algum resquício, eu não teria voltado ao Vasco. Duas pessoas discutem uma renovação. Não chegou a um acordo, não chegou. Não tem problema. Discutir para traz, eu não discuto. Eu discuto o “para frente”. O Vasco fez muito por mim. Quando o Campello me convidou, falavam que eu estava acabado. E a gente conseguiu o objetivo de ir para a Sul-Americana e manter na primeira divisão. Agora, eu tenho até o dia 24 (de fevereiro) para trabalhar. Se nós não conseguirmos o objetivo de manter o Vasco na Série A, eu vou receber um mês de salário para o que? Para absolutamente nada. Então o que eu fiz, deixei para o final uma premiação caso o Vasco se mantenha. Não vou trabalhar de graça, mas vou receber se atingirmos o objetivo. Isso foi uma coisa minha, em consenso com a diretoria do Vasco.

RELAÇÃO COM A TORCIDA

Eu comecei minha vida aqui. Nas pesquisas no ano passado, os vascaínos falavam que eu era o único molambo que eles gostavam. Essa é a resposta que a torcida do Vasco dá. Eu tenho um carinho muito grande. Tem um problema: nós não temos o torcedor no estádio. Vamos ter que entender que vamos buscar uma motivação própria, pelo objetivo do Vasco da Gama. Mas nós temos a mídia, torcedor do Vasco. Precisamos que vocês congestionem a mídia social. Se derem porrada na gente, deem ao contrário. Se só tiver pancadaria, não vai ajudar. Eles não podem ir ao estádio, mas podem ajudar muito através da mídia social.

UTILIZAR JOGADORES DA BASE

Todo mundo sabe que gosto de olhar para a base. O Pec subiu comigo no ano passado e ele era um “filé de borboleta.” Ele encorpou, e as jogadas dele, hoje, são mais decisivas do que antigamente. Gostei muito, mas gostei da equipe. Todo mundo agora acha que essa equipe ser colocada no time de cima vai salvar o Vasco da Gama. Calma. Se eu pegar essa equipe toda e botar no time de cima, nós podemos queimar toda uma geração que pode amanhã estar ajudando o Vasco. Com calma vamos pegar um e outro. Vi o Riquelme jogando, é muito garoto, é muito franzino. O volante, o paraguaio, chega bem, mas falta alguma coisa. Em todos falta alguma coisa. É muita responsabilidade para um grupo que acabou de ganhar um campeonato importante. Vão subir gradativamente.

PREPARAÇÃO FÍSICA DO ELENCO

É muito importante saber que você terá uma semana livre, que você vai achar que o jogador está em um estágio físico que não é o essencial, e você vai querer atacar a parte física muito forte. Não, você tem que ter cuidado para não ”perder a mão.” Achar que tem uma semana livre, no final da temporada, e “escangalhar” o jogador, achando que vai colocar o jogador em boa condição física com uma semana. Não consegue. Vamos gradativamente a parte técnica e tática, e 20% a 30% da parte física, pois o próprio jogo traz o condicionamento necessário.

TRABALHO NA RETA FINAL DO CAMPEONATO, COM APENAS 12 JOGOS

Você tem que antecipar etapas. Muitas coisas que faria com tempo de planejamento, elas serão feitas de imediato. Você vai ter que começar a montar a equipe, do jeito que você pensa, acelerando e antecipando. O pensamento de uma temporada inteira está fora. Será um pensamento de 12 jogos, até 24 de fevereiro. Obviamente sem sacrificar a parte física dos jogadores. Estamos num final de uma temporada. “Tem que arrebentar os caras porque eles estão na confusão”. Não, você tem que dar tranquilidade para eles saírem com calma. Eles possam entender que vão entrar bem preparados para jogar contra o Atlético de Goiás e para entrarem bem preparados os jogos que vêm pela frente, jogando os 12 jogos.

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