São Paulo
Maiores ídolos comandando o rival? Relembre as passagens de Telê Santana e Muricy Ramalho pelo Flamengo
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Não foi apenas Rogério Ceni que fez o caminho de ida para a Gávea depois de ser ídolo no São Paulo. Além de Ceni, Telê Santana e Muricy Ramalho também já tiveram passagens comandando o Flamengo durante a carreira. Por isso, o Esporte News Mundo relembra as passagens dos ídolos Tricolores no rival carioca.
O anúncio de Ceni como novo treinador do Flamengo frustrou os planos dos torcedores que gostariam de ver o treinador de volta ao Morumbi. Isso tudo porque, o treinador, supostamente, poderia assumir o comando do São Paulo já na temporada que vem.
Segundo declarações dos dois candidatos à presidência do clube – Julio Casares e Roberto Natel – ambos acenaram positivamente para a recontratação de Ceni, caso fossem eleitos para a próxima temporada.
Como sabemos, Rogério Ceni acabou de ser contratado pelo Flamengo, com contrato até o final de 2021 e, em caso de não demissão, irá permanecer no Rio de Janeiro durante toda a temporada que vem. No entanto, não foi apenas Ceni que se consagrou ídolo no São Paulo e depois fez o caminho até o clube da Gávea: Relembre as passagens de Telê Santana e Muricy Ramalho pelo Flamengo.
TELÊ SANTANA
Como jogador, Telê foi ídolo e cria do Fluminense, rival do Flamengo. No Flu, fez mais de 500 partidas, sendo o terceiro atleta que mais atuou pelo clube e o quinto maior artilheiro, com 164 gols.
Como treinador, também começou no Flu, no final da década de 60, mas foi virar ídolo máximo no São Paulo, quase 30 anos depois. Nesse meio tempo, comandou a Seleção Brasileira por duas oportunidades, nas Copas de 82 e 86, além de ter sua primeira passagem no São Paulo, durante apenas seis meses no ano de 1973.
Após a seleção, chegou ao Flamengo, e por lá ficou quase um ano. Estreou em outubro de 1988, vencendo o Guarani por 5 a 1 e na sequência foi campeão de uma Taça Guanabara. Na Gávea, porém, não engrenou e entregou o cargo no ano seguinte, após discussão com Renato Gaúcho, na época jogador.
No final de 1990, assumiu o São Paulo e por lá construiu sua história no Morumbi. Nos anos seguintes, foi bicampeão Paulista, da Libertadores e Mundial de Clubes, e só encerrou sua passagem no Tricolor por problemas de saúde, em 1996 – Telê faleceu em 2006, em decorrência dos problemas de saúde.
MURICY RAMALHO
Atualmente comentarista esportivo, Muricy teve um caminho inverso ao de Telê Santana no São Paulo. Como jogador, Muricy cresceu e se formou no Tricolor Paulista. No clube desde os dez anos de idade, se profissionalizou em 73 e permaneceu até 79. Depois da aposentadoria dos gramados, voltou ao São Paulo na década de 90, primeiro para comandar as equipes juniores. Depois disso, foi promovido ao profissional, para ser auxiliar de Telê, em 94.
Nos anos seguintes intercalou entre os papéis de auxiliar e interino. Quando foi efetivado, caiu do cargo, após campanha irregular no Paulistão de 1997.
Quase dez anos depois, Muricy retornou ao São Paulo em 2006 para fazer história. Conquistou o tricampeonato nacional (2006, 2007 e 2008) – era a primeira vez que um técnico conseguia o feito – sendo demitido só em 2009. Posteriormente, também fez história no Fluminense (conquistando o Brasileirão de 2010) e no Santos, onde comandou Neymar, Ganso & Cia, nas conquistas dos Paulistas de 2011 e 2012, além da Libertadores de 2011.
Depois do Santos dirigiu novamente o São Paulo, salvando a equipe que estava na zona de rebaixamento do Brasileirão em 2013. No ano seguinte, levou o Tricolor ao vice-campeonato Brasileiro e às semis da Sula. Em 2015, foi demitido após campanha ruim no Paulistão, selando o que seria a sua última passagem pelo Tricolor do Morumbi.
Em 2016, Muricy foi apresentado para dirigir o projeto de reconstrução do Flamengo, fazendo trabalho conjunto entre base e profissional. Entretanto, cinco meses depois deixou o comando da equipe, após problemas de saúde que o deixaram internado por alguns dias na UTI – Muricy fez 26 jogos, com 13 vitórias, seis empates e sete derrotas. Este foi seu o último trabalho como treinador.
FUTURO DE CENI NO FLAMENGO?
Apesar de ter começado sua carreira de treinador no São Paulo, à frente do Fortaleza foi onde Rogério Ceni teve projeção. No Leão do Pici, Ceni somou: 153 partidas, 81 vitórias, 33 empates e 39 derrotas; também ganhou 4 títulos: Copa do Nordeste, Série B e dois Campeonatos Cearenses – chegou ao Fortaleza no final de 2017.
Após primeira passagem rápida no São Paulo, ganhou rodagem, experiência e retornou ao clube para conquistar título importantes. Será que Rogério Ceni irá trilhar o mesmo caminho de Telê e Muricy?
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