Fortaleza

Marcelo Paz esclarece pontos importantes e comenta momento do Fortaleza: ”Não é normal”

Marcelo Paz em entrevista coletiva. (Foto: Mateus Lotif/FEC)

O CEO da SAF do Fortaleza aproveitou a última terça-feira (4) para esclarecer alguns pontos cruciais do clube, além de comentar o atual momento.

(Foto: Mateus Lotif/FEC)

O CEO da SAF do Fortaleza, Marcelo Paz concedeu entrevista coletiva na última terça-feira (4), convocada pelo próprio dirigente, comentando a fase do Leão do Pici, se desculpando com a torcida e abordando alguns temas importantes como contratações, clonagem de cartões dos sócios e SAF.

– Não é um bom momento, temos que reconhecer. Não é normal. Não são só as derrotas, mas as atuações não foram boas. Se a gente considerar 100 minutos de cada jogo, dos 400 talvez a gente tenha tido 70 minutos bons. Não há desculpa. Não é gramado, arbitragem, tempo de descanso, nada justifica. A gente tem que reconhecer e todo mundo aqui no Pici sabe disso.

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+ Confira a coletiva de Marcelo Paz na íntegra

Marcelo Paz ainda fez questão de frisar que as relações dentro do clube não estão balançadas. Ressaltando que os salários dos reforços de 2025 não são maiores que os de nenhum jogador da mesma posição entre os remanescentes.

– Quando o momento não é bom, as falas se repetem. Salário atrasado, não foi pago o bicho, ciúme, vaidade… Quando o período é ruim, as teorias se ampliam. Futebol é um esporte complexo em que se buscam respostas simples. Ah, a culpa é do CEO, do treinador, do jogador… Não vejo essa ciumeira. Nenhum dos que vieram têm salário maior do que os que estavam já na sua posição. Não é uma distorção salarial que causa ciúme. Quem diz isso está mentindo. Sempre tivemos esse cuidado com o Fortaleza. O que está acontecendo é uma questão técnica. Técnica. O time não está rendendo o que é para render.

Confira os principais pontos da coletiva de Marcelo Paz

Números positivos

– Nós somos reféns do próprio sucesso. O Fortaleza tem uma expectativa muito alta. A Série A do ano passado, a Copa do Nordeste do ano passado. Não quero acreditar que o time está de salto alto. Sei que há incômodo no torcedor em relação aos Clássicos. Retrospecto não é bom. Mas de 2019 o Fortaleza jogou 11 finais e não perdeu nenhum jogo. Nove foram contra o Ceará. De 2015 para cá, ganhamos sete títulos. Na hora da final o Fortaleza chega forte, chega forte para uma disputa de título.

SAF

– O modelo SAF é um modelo mais moderno que dá mais possibilidades ao clube. De receber investimentos, um clube associativo não pode receber investimento. O modelo foi feito para que o Fortaleza, em determinado momento, pudesse receber os investimentos. A busca continua por um investidor minoritário. O Fortaleza não tem interesse em vender e fazer com que quem compre seja um dono. É um modelo diferente. E esse modelo é muito mais difícil. A gente acredita que é possível ter parceiros estratégicos que contribuam e possam fazer o clube crescer.

Clonagem de cartões


– Isso houve, reconhecemos. Mas eu pedi dados ao pessoal do sócio. Quantas pessoas vieram de fato reclamar dos vazamentos? 231 pessoas. De uma base de 40 e tantos mil sócios, não é um percentual tão alto. Acho que tem mais do que 231. Tem gente que não veio reclamar, que não percebeu, acho que tem mais gente. Mas é importante balizar a situação porque acham que foi todo mundo. Até agora foram 231 pessoas e todas tiveram atenção. Quais ações foram feitas efetivamente? Quando se descobriu o problema, mudou-se a chave de acesso ao sistema. Estabeleceu-se um contato com a empresa. Contratamos uma consultoria externa para identificar problemas e projetar problemas. E todas as situações relatadas são de 13 de janeiro para trás.

Mercado da bola

– Planejamento vence pressa. Futebol brasileiro esse ano tem quatro janelas, só uma encerrou. É possível sim que ainda venham jogadores. Não vou falar em quantidade, em posições. O que eu quero esportivamente é ganhar jogo.

Continuidade de elenco


– Continuidade é um dos caminhos para o sucesso em qualquer tipo de empresa. Não pode ser confundido com acomodação, apadrinhamento, gratidão. Aqui é performance. Se você for lembrar de uns anos para cá, vários jogadores de alto nível, que tinham história no clube, tiveram os ciclos encerrados. Quem está aqui é porque tem performance para entregar.

Sobre Tinga e as cobranças da torcida

– Tinga é um atleta profissional de alto nível. É desejado por clubes no Brasil. Tem uma identificação enorme com o Fortaleza. Capitão, ídolo, fez a diferença com gols, assistências, tem gols importantes, assistências importantes. É um atleta que tem performance. Quando o atleta, o gestor, fica muito tempo, está mais sujeito a críticas, a cobranças. Não sei se cansa a imagem, então vamos cobrar mais, vamos cobrar mais. É da vida, é do mundo. E o que ele tem que entregar é performance. Futebol de alto nível é performance. O que sustenta o Tinga ou qualquer outro jogador é performance. Se ele deixar de entregar, o professor vai ver isso. Não é por gratidão. É por performance.

Saída de Hércules e reposição

– No futebol, se sair um tem que vir outro igual. Com o Moisés foi assim. Fica essa busca, tem que ser igual. Caio Alexandre foi desse jeito. E aí chegou o Rossetto, que nem era igual ao Caio. Quando o Ederson saiu, surgiu o Hércules. Temos bons jogadores e futebol não se faz de uma só maneira. Tem o Martínez que terminou o ano super bem. Tem o Zé que já decidiu jogos para a gente. Tem opções para achar uma forma de jogar.

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