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Marcelo se declara ao Fluminense: “Meu time de coração”

Marcelo comemoração Libertadores

Campeão da Libertadores, Marcelo foi o convidado desta terça-feira do Charla Podcast e falou sobre seu sentimento pelo clube e a ambição pelo Mundial

Foto: Lucas Merçon/FFC

Campeão da Libertadores, Marcelo foi o convidado desta terça-feira do Charla Podcast e falou sobre seu sentimento pelo clube e a ambição pelo Mundial.

Jogador mais vitorioso da história do Real Madrid, Marcelo já havia admitido ter conquistado o título mais importante da carreira após a vitória do Fluminense em cima do Boca Juniors na final da Libertadores e afirmou que nunca conseguirá agradecer o suficiente ao tricolor, que o projetou para o futebol.

– Eu sou um moleque de Xerém. As vezes eu pergunto se mereço tudo isso que vivi na minha vida, conseguir jogar num clube gigante, ganhar bastante coisa e voltar pro time que me criou, meu time de coração. Eu morei em Xerém, eu vivi essa parada. Não é a Libertadores que vai pagar o que o Fluminense fez por mim, posso ganhar três, quatro, que não vai bater o agradecimento real meu pelo clube.

Além disso, o lateral esquerdo revelou que contou com a torcida de jogadores do Real Madrid, onde é ídolo, antes da grande final da Libertadores. Até mesmo Ancelotti, técnico que treinou o craque e hoje é o atual comandante do time merengue, estava torcendo para o Fluminense e por Marcelo.

– Na final da Libertadores todo mundo do Real Madrid mandou mensagem pra mim falando meu irmão ‘vambora’ que a gente é tricolor. O Ancelotti falando que respeita o Boca mas que todo mundo era Marcelo e Fluminense. O Fluminense pra mim tem que estar sempre lá em cima.

O camisa 12 comentou também sobre John Kennedy, e levantou a bola do autor do gol do título do Fluminense. Para Marcelo, o “urso”, carinhosamente apelidado pela torcida, é um craque que o tricolor tem no elenco, e opinou sobre qual a melhor forma de orientá-lo.

– A força desse moleque é bizarra, e a qualidade pra driblar, chutar, ele é muito diferente, sinistro. Aquela parada, pra mim a orientação dele é a seguinte: tomar porrada no treino, aí ele vai aprendendo, na minha opinião. A gente vai dar porrada, não é soco, pelo amor de Deus, é chegar todo dia e falar, irmão, calma, fez um golzinho, vem pra cá. Porrada ali, comigo foi assim, com o Lenny. Moleque tem 22 anos, tudo pra ter uma carreira brilhante, orientação pra mim é essa, chegar junto. Eu converso bastante com ele, Felipe Melo, Mário, Diniz, a gente ajuda. Ele tem que querer também, se destacou muito agora. Fico muito feliz por ele, porque ele é muito bom, conversei com o Diniz e falei que a gente tem um craque aqui, craque mesmo.

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Polêmicas também foram pauta da entrevista, e Marcelo respondeu sobre duas situações vividas em Fla-Flus distintos na temporada. O primeiro, quando o lateral aplicou uma caneta em Luiz Araújo e saiu rindo do lance, no podcast, fez questão de alertar que a risada não foi pelo drible, e sim porque teria conseguido se safar da marcação rubro-negra.

– A risada foi o seguinte, eu estava indo pra frente, travo a bola, consigo dar a caneta, e quando eu vejo o Lima sozinho, falei, pô, deu certo. Muita gente falou que eu ri da caneta, mas não, se tem uma coisa que eu prezo é educação no futebol, mas a jogada foi bonita sim, mas eu não ri do jogador (Luiz Araújo), aí tomei uma chegada.

Já no Fla-Flu do primeiro jogo da Copa do Brasil, Marcelo se envolveu em uma polêmica com Gabigol, quando o atacante mostrou o patch de campeão do torneio na camisa para o multi-campeão pelo Real Madrid. A cena viralizou, até porque o lateral respondeu à provocação subindo o short e mostrando as cinco taças da Champions League que tem tatuadas na coxa.

– A resenha estava maneira no início. Não é que estragou, mas no início falando de hip hop e tal. Não somos inimigos de ninguém. Não tem isso de quebrar o cara, mas tem rivalidade. Ainda mais no Fla-Flu. E aí, começou a resenha e tal no primeiro jogo. Tem uma bola que dou um carrinho nele. Não era para pegar nele, mas ele meio que olha diferente. No outro jogo, eu passei e vi que estava diferente. Mas tudo certo. Não sei o que aconteceu, que o Felipe Melo falou comigo, falou com ele.

– E ele botou a mão no patch. E foi nada a ver. Aí todo mundo viu, eu levantei a bermuda e só olhei. Não falei nada. Ele olhou. Aí a resenha ficou tipo “o que você fez lá fora fica lá fora”. E aqui outra parada. Falei então já é, que lá fora não vale. Então, chegou o grande dia. Aqui eu já fiz também.

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– Eu acho que o Endrick é bizarro. Quero que o moleque jogue pra caramba e ganhe a porra toda, mas tem 17 anos ainda, então tem um processo, igual o Vini. É normal, todo mundo tem essa adaptação. Normal também que nego bote essa pressão, é o futuro da nossa Seleção, é uma vida de pressão. Esses caras tem tudo pra ser o futuro do Real Madrid. Acho o Endrick muito brabo, com 17 anos, muito sinistro, tudo pra explodir. Moleque é um animal, atacante canhoto que é mais difícil.

Mundial de Clubes

– Eu nem penso nisso aí (Manchester City) ainda, penso na semifinal, a gente tem que passar da semifinal. Eu levo esse bagulho muito a sério, ganhar um Mundial com o Fluminense pô.

Outras posições no Fluminense além da lateral

– O Diniz tem uma parada que eu nunca tinha visto, no treino eu vou lá pra ponta direita, no primeiro jogo no Maracanã (final Carioca) eu fui pra direita e fiz o gol de lá. Ele deixa muito a vontade, cada jogador tem uma característica e ele tenta pegar o melhor de cada um. As vezes eu vou pro meio, ele vai vendo isso, caio pela direita, tenho um pouco mais de visão, pego mais na bola. Agora no final da temporada tá acontecendo mais, tô mais tempo lá, é uma coisa que a gente vai provando, nunca tinha jogado nessa posição, tão solto como aqui. Depois que eu saí do Real Madrid, teve aquele sentimento de já fiz o que podia, mas ele (Diniz) fez eu sentir essa vontade de novo. Fez eu ver que consigo jogar ainda.

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