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Marcos Braz e Bruno Spindel falam sobre dificuldades do Flamengo no mercado

Marcos Braz e Bruno Spindel conversam com a imprensa no CT Ninho do Urubu Foto: Vinícius Azevedo / ENM
Foto: Vinícius Azevedo / ENM

Após as coletivas de apresentação de Matías Vinã e renovação do contrato de Fabrício Bruno, Marcos Braz e Bruno Spindel falarm com a imprensa no CT. A dupla destacou, a dificuldade do Flamengo no mercado de transferência, principalmente na negociação por Léo Ortiz, do RB Bragantino. Os dirigentes ainda criticaram o calendário do futebol brasileiro, visando desfalques na Copa América, e também passaram a responsabilidade sobre o gramado do Maracanã para a empresa Greenleaf. eja os princiapais trecos da entrevista abaixo:

Sobre a negocaição com o RB Bragantino por Léo Ortiz, Marcos Braz, o VP de Futebol do Flamengo, reconheceu a dificuldade no negócio. “A vontade do jogador é explícita e ele já externou isso, inclusive para os dirigentes do Bragantino. A gente agradece o entendimento de que para a carreira dele, a vinda para o Flamengo seria importantíssima, mas a gente também respeira, e muito, a posição do Bragantino. Eles tem uma pedida pelo atleta, que a gente respeita, mas temos nosso limite financeiro, nosso entendimento de mercado, então isso faz parte.”

Ainda se tratando de uma possível chegada do zagueiro, Braz garantiu que Léo Ortiz é a prioridade e detalhou a negociação. “A gente tem até o dia 7 de março para definir isso, o prazo legal até quando você pode inscrever o jogador. (…) As coisas andaram, mas não o suficienta para se dizer otimista ou achar que o negócio já estaria feito, ou muito próximo disso. Eu acho que tem a possibilidade de o jogador vir, até pela vontade do jogador, que deixa claro isso para qualquer um. E agora é ter tranquilidade e ver se a gente consegue subir um pouco mais nas propostas e eles descerem. É uma via de mão dupla.”

O diretor de futebol do Flamengo, Bruno Spindel, complementou Braz sobre a dificuldade do negócio e reforçou as barreiras financeiras. “Quando esse processo (de negociação) é longo e as diferenças de valores se inciam muito grandes, nesse estágio que está, qualquer pequena mudança é muito difícil, de parte a parte. As distâncias diminuiram muito, mas quando você está no limite de parte a parte, fica sempre muito mais difícil.”

Spindel ainda garantiu que confia no elenco atual, mas tem o desejo de fazer algumas contratações para subir ainda mais o nível. “A gente vem qualificando o elenco na janela e o elenco já é muito qualificado em todas as posição, inclusive na zaga, com Léo (Pererira), com Fabrício (Bruno), com David Luiz, com Cleiton e os meninos da base também.”

Para o diretor de futebol, o calendário do futebol brasileiro é um grande problema, que obriga o Flamengo a se reforçar ainda mais. “A gente precisa de elenco para a temporada, são muitos jogos, quase 80 durante a temporada. Hoje da forma como está, são 9 jogos durante a Copa América, sem quatro, cinco, oito jogadores…Então é uma quantidade enorme de atletas que o Flamengo pode perder e acabar tendo que usar o sub-20. É uma coisa que eu acho que até desvaloriza o campeonato, mas é algo que a gente tem que lidar.

Questionado sobre sua viagem para Europa em busca de reforços, Braz explicou o motivo de não ter conseguido contratações. “Quando a gente vai lá para fora (do país), vamos analisando algum jogador que possa ter uma dificuldade de vir no começo da janela, para deixar um encaminhamento para ele vir na janela subsequente. A gente gostava de um jogador, que eu não vou falar o nome, mas o jogador já foi vendido. Era um jogador de Portugal.”

Outro grande problema do Flamengo há algum tempo é o gramado do Maracanã. Porém o VP de Futebol do clube garantiu que a responsabilidade é da Greenleaf, empresa que cuida da grama do estádio. “Não é saindo de qualquer responsabilidade pelo gramado, mas essa empresa parece que já está há muito tempo aqui. É uma empresa que é contratada pelo consorcio do Maracanã e nada tem a ver com o processo do futebol do Flamengo. Então eu não posso falar se eu posso trocar ou não, porque essa decisão não é minha .”

Marcos Braz aproveitou para questionar a qualidade da grama, mesmo após uma pausa de mais de um mês de uso. “Muito se fala que o gramado não estaria bom por conta do excesso de jogos. Mas nós não podemos falar de excesso de jogos em fevereiro, porque o campeonato foi parado e teve-se tempo hábil. Então eu tenho que dar algumas justificativas porque eu sou Vice-Presidente de Futebol do FLamengo, mas que tem que dar maiores explicações é quem toma conta do gramado.

De volta ao mercado de transferências, Spindel explicou a ‘novela’ envolvendo a saída do volante Thiago Maia. “Existem conversas sim, não é uma negociação simples, porque ela envolve três partes (Flamengo, Lile e o Internacional). E ainda existem uma série de detalhes, que não cabem colocar aqui, mas a negocaição ainda está aberta e vamos ver o quê vai acontecer nos próximos dias.”

Após o assunto Léo Ortiz ter se encerado, Marcos Braz voltou atrás e aproveitou para complentar que o Flamengo segue ativo no mercado de zagueiro. “Quando a gente está em uma situação dessa, como a do Léo Ortiz, lógico que externamos isso, que queriamos a contratação dele, mas lógico que a gente trabalha com outros nomes, apenas não foi vazado até agora. Então para não ficar com aquela sensação de que não vem o Léo Ortiz hoje e amanhã eu traga outro jogador: ‘Ah ele inventou outro jogaor’. Não tem invenção aqui dentro. São jogaodres que estão sendo sistemáticamente monitorados.”

Marcos Braz comentou sobre o trabalho em conjunto com o técnico Tite no mercado. “A gente vem sendo regido também pela comissão técnica, do entendimento de qual é a melhor posição para eles. E também dizer, como todo o respeito, que aqui não é seleção brasileira, que a gente aponta o dedo pro jogador, usa o jogador e devolve. Aqui não é assim. Para trazer um jogador, você tem que pagar pelo jogador, fazer contrato de três, quatro ou cinco anos, existem limites orçamentários para isso.”

Ao ser questinado sobre a contratação de uma lateral-direito, Bruno Spindel reforçou a confiança no elenco, antes de entrar em uma longa conversa sobre o orçamento do clube.

Nesta conversa sobre a situação econômica do Flamengo, Braz afirmou que as pessoas não tem a real noção do quanto é direcionado ao futebol do clube. “Falam muito do ‘bilhão, bilhão,bilhão (em relação ao faturamento do Flamengo), mas o orçamento do Flamengo para o futebol é de 300 milhões de reais, ou um pouco mais. (…) A gente tem uma obrigatoriedade para vender e um orçamento para comprar e também uns vinte e cinco, vinte e seis milhões de custo na folha salarial, por mês.”

Bruno Spindel aproveitou para comparar a diferença financeira entre o Flamengo e os outros clubes do Brasil, com o Bayern, na Alemanã e Real Madrid e Barcelona, na Espanha. “Não é um orçamento para ter uma hegemonia. Estamos entre os maiores orçamentos do país, para que do ponto de vista financeiro, a gente possa brigar por todos os títulos.”

Após isso, Marcos Braz e Bruno Spindel falaram aplamente sobre a situação do calendário no futebol brasileiro. A dupla afirmou que ainda não obteve uma resposta da CBF sobre a sugestão de alterar as datas de Brasileirão que os times perderão jogadores convocados para a Copa América, por jogos da Copa do Brasil.

Spindel ainda reforçou que esse tipo de problema não está 100% no alcance do Flamengo resolver. E mesmo se o clube tivesse um orçamento infinito, ainda haveriam muitas dificuldades em relação ao caledário.

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