Grêmio
Mauro Galvão recorda o tricampeonato do Grêmio na Copa do Brasil de 1997
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Continuando a série de entrevistas com um personagem de cada conquista do Grêmio na Copa do Brasil, vamos falar agora sobre o tricampeonato do Grêmio na competição. Depois de relembrar as conquistas de 1989 com Cuca e do bicampeonato em 1994 com Nildo, o entrevistado para recordar a conquista de 1997 é Mauro Galvão, zagueiro e capitão daquela equipe.
O Grêmio viveu, talvez, a melhor fase da sua história esportiva entre nos anos 90. Foram diversas conquistas que fazem o torcedor tricolor relembrar com carinho da época. O principal ciclo foi, certamente, entre 1994 e 1997, quando o clube levou para casa uma Libertadores, um Brasileirão, duas Copas do Brasil e uma Recopa Sul-Americana. Mauro Galvão chegou neste período e relembrou sua contratação.
– A minha chegada no Grêmio e aconteceu em 1996, no meio do ano, quando eu estava terminando contrato com o Lugano da Suíça. Eu já tinha essa ideia de retornar ao Brasil já tinha 34 anos e minha equipe não estava bem. Achei que era importante retornar e quando apareceu essa oportunidade de vir para o Grêmio não pensei duas vezes. Já tinha jogado na escolinha do Grêmio há muito tempo, quando eu tinha 11 anos e eu queria ter a satisfação de jogar no profissional do Grêmio e depois de ter jogado na base. Graças a Deus fui contratado e fomos campeões brasileiros em 1996 e em 1997 eu tive oportunidade de conquistar mais esse grande título, que foi a Copa do Brasil – disse.
O zagueiro foi um pedido do então treinador gremista Felipão, que assumira o time em 16 de agosto de 1993 e sairia só em dezembro de 1996, com a conquista do Brasileirão. Para o lugar de Luiz Felipe Scolari, o Grêmio apostou em Evaristo de Macedo, ex-jogador histórico que atuou no Barcelona nos anos 50 e Real Madrid nos anos 60. Como treinador, já havia trabalhado no Barcelona, seleção Brasileira e no próprio Grêmio em 1990, onde conquistou o Gauchão e a Supercopa do Brasil. Mauro Galvão comentou a mudança da equipe técnica.
– A mudança que aconteceu com a saída do Felipão foi muito tranquila, porque o Evaristo de Macedo entrou e ele conseguiu dar continuidade no trabalho que o Luiz Felipe vinha fazendo, que era um ótimo trabalho. Ele deu sequência no trabalho e acrescentou as suas ideias. Mesmo sem alguns jogadores que tinham saído, o Grêmio tinha o mesmo espírito e mentalidade de um clube vencedor – lembrou.
Mauro Galvão relembrou a preparação para a final. Depois de ter passado por Fortaleza, Portuguesa, Vitória e Corinthians, o tricolor gaúcho enfrentaria o Flamengo na decisão, do ataque de Romário e Sávio. Após o empate por 0 a 0 na partida de ida no estádio Olímpico, o zagueiro estava confiante para o título.
– A preparação foi a mesma, a gente não mudava em nada. Nós já tínhamos uma forma de trabalhar e muita confiança no que a gente fazia. Sempre tivemos muito cuidado em seguir as regras que sempre foram passadas pela comissão técnica. O grupo era muito centrado, profissional e sabia que queria. Chegamos para essa final depois de um jogo difícil, quando empatamos a partida de ida em casa. Mas a gente sabe como é a Copa do Brasil. Na época tinha a questão do gol fora ser fator de desempate, ou seja, era importante não levar gol em casa. Depois do 0 a 0, aceitamos o resultado, porque sabiamos que tínhamos todas as condições de ganhar o título no Maracanã, como aconteceu.
Depois da conquista, Mauro Galvão sairia do time para o Vasco e retornaria ao Grêmio em 2001, sob o comando do técnico Tite, onde conquistou o campeonato gaúcho e a Copa do Brasil do mesmo ano. Permaneceu no clube em até 2002, quando encerrou a carreira de jogador de futebol.
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