Médico da Chapecoense se diz surpreso com quantidade de casos de Covid-19 no clube

A Chapecoense divulgou, na última sexta-feira, dois dias após o jogo contra o Avaí, o resultado do teste RT-PCR feito no plantel que foi para o primeiro jogo das quartas de final. Sem revelar a quantidade e os nomes das pessoas, o clube anunciou que alguns membros da comissão técnica e jogadores testaram positivo para Covid-19.  O teste rápido, também feito na terça-feira, deu negativo para todos.

O Esporte News Mundo conversou com o médico do clube, Fabiano Winckler, a fim de entender a causa desse número de contágio. Porém, até Winckler se demonstrou surpreso.

– Ninguém esperava. Ficamos até assustados. Como eu disse anteriormente, ninguém tinha sintomas.

Para entender melhor, o médico explicou o que o clube vem fazendo para garantir a segurança de todos os funcionários. A Chapecoense usa o mesmo protocolo que o Avaí e outros grandes clubes do Brasil usam. Na reapresentação do elenco, em maio, fizeram uma testagem em massa e, a cada avanço de fase de treinamento, foi realizado o RT-PCR. Em 60 dias, foram feitas 4 testagens. Sintomas clínicos e temperatura são monitorados diariamente. Além disso, todas as pessoas que entram no Centro de Treinamento da Água Amarela, passam pelo inquérito epidemiológico do clube. 

Mesmo seguindo o protocolo rigorosamente, por ser uma doença viral, o clube sabia dos riscos. O teste rápido só fica positivo após o décimo dia de contato, ou seja, no dia anterior ao jogo, todos estavam assintomáticos, não acusando a doença no exame. A Chapecoense já está monitorando todos de perto.

Winckler ainda afirmou que o Verdão do Oeste continuará com as testagens rotineiras, com apoio da Unimed Chapecó.

– Nós cumprimos com o nosso dever que é privar pela saúde dos nossos atletas. Testamos (teste rápido) novamente hoje, antes da viagem (para Florianópolis), para a segurança do elenco.

Os gastos dos testes ficam dentro do valor do patrocínio com a Unimed. Lembrando que, a primeira testagem foi disponibilizada pela Associação de Clubes de Futebol Profissional de Santa Catarina (SCClubes). O valor gasto foi de mais ou menos R$28.000,00, que irá ser descontado no valor das placas de publicidade.

Portaria do Governo de Santa Catarina

Para o retorno do futebol no estado, o Governo criou a Portaria nº 466, assinada pelo secretário de Estado da Saúde André Motta Ribeiro, onde autoriza as competições de futebol profissional em Santa Catarina. Em seu artigo 8º, inciso XXIX, há uma medida que deve ser implementada pelos clubes.

“Afastar todos os atletas e trabalhadores confirmados para COVID19, bem como as pessoas que tiveram contato com estes.”

Ou seja, se a Portaria for mesmo seguida, o jogo de domingo se tornaria inviável, uma vez que os jogadores e a comissão técnica tiveram contato com as pessoas do plantel que estão com Covid-19.

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