O técnico Rogério Micale atingiu uma marca histórica sob o comando do Egito nos Jogos Olímpicos de Paris.
Com a vitória contra o Paraguai, após uma disputa de pênaltis, o treinador classificou a seleção para as semifinais da competição, nessa sexta-feira (02 de agosto). Agora, vai pegar a França na segunda-feira (05).
Com esse resultado, Micale igualou a melhor campanha do Egito na história dos Jogos Olímpicos. Em 1928, a equipe terminou em quarto lugar. A mesma marca foi atingida em 1964, em Tóquio, mas nessa oportunidade, o Egito se juntou com a Síria e fizeram uma seleção só.
A campanha de 1964 foi a seguinte: foram 6 jogos com duas vitórias (10 a 0 na Coreia do Sul e 5 a 1 em Gana) um empate com o Brasil (1 a 1) e três derrotas (5 a 1 para a Checoslováquia, 3 a 1 para a Alemanha e 6 a 0 para a Hungria).
Nos Jogos Olímpicos de Paris, Micale busca sua segunda medalha. Em 2016, no Rio de Janeiro, ele foi campeão na modalidade, comandando o Brasil. Se repetir o feito com o Egito, será o primeiro a conquistar uma medalha olímpica no futebol para o país.
Rogério Micale exaltou o feito e destacou o desempenho da equipe. Confiante, acredita que o sonho da segunda medalha pode se realizar.
“Estou muito feliz. Há 60 anos o Egito não chegava a essa fase. É a primeira vez que um time árabe, contando com o Marrocos, tem a chance de conquistar uma medalha. Estou feliz com esta série de marcas e quero trazer alegria ao povo egípcio. Vamos continuar sonhando; respeitamos todos, mas viemos com um propósito de entrar para a história”, destacou Micale.
O comandante parabenizou o elenco pelo triunfo conquistado. Além disso, pretende buscar uma medalha.
“Parabéns para os jogadores e a todo o povo egípcio. Estamos muito felizes. Continuamos sonhando e vamos trabalhar mais forte. Sabemos que cada vez fica mais difícil, mas queremos buscar uma medalha”, completou.
A nível mundial, a última vez que o Egito chegou à semifinal de uma competição foi em 2001, na Copa do Mundo Sub-20.
Caso conquiste o ouro, pode ser a primeira vez que um técnico se torna bicampeão olímpico em 56 anos.