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Miguel Ángel Ramírez analisa utilização de jovens no Inter e critica calendário brasileiro: ‘Uma perda para o espetáculo’

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Ricardo Duarte/Internacional
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Na noite desta quinta-feira (03) o Internacional venceu o Vitória, no jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil. No duelo, o colorado contou com algumas novidades. Garotos como Johnny e Daniel tiveram a oportunidade de iniciar na equipe inicial. Diante disso, Miguel Ángel Ramírez celebrou a experiência dos atletas em volta para ajudar, mas pediu paciência com o desenvolvimento deles.

– Temos muitos jovens no plantel. Precisa ter paciência com eles pois esse mundo é complicado. Não possuem ferramentas para suportar essa pressão. É gerar um cenário protegido para se desenvolverem com tranquilidade. O momento de Johnny vai chegar e está mais perto. Hoje estava cercado de proteção por atletas experientes. Muito contente com o rendimento dele hoje, mas é um caminho largo e complicado. Vai ter momentos de dificuldades, com rivais complicados. Estamos preparando ele para ser o primeiro volante do Internacional – afirmou Miguel Ángel Ramírez, destacando a atuação de Johnny.

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Criticas ao calendário Brasileiro

No duelo, o Internacional precisou, também, manter uma atuação intensa na segunda etapa. Isso pois, no empate, no final de semana contra o Sport, a parte física decaiu na etapa decisiva e resultou em um empate pernambucano. Sobre isso, Miguel Ángel Ramírez colocou parte da culpa no calendário insano do futebol brasileiro.

– No tempo que temos de treinamento, não podem trabalhar todos a todo tempo. Seguramente precisamos de mais espaço no calendário para caprichar mais no volume de trabalho. É impossível, em um período competitivo, recuperar uma condição física ideal para manter um nível profissional. E não é só com o Inter. Vemos vários jogos com atletas que perdem a parte tática. É uma perda para o espetáculo. É uma loucura essa sequência. Ninguém que joga tantas competições vai ter condições físicas ótimas até o final do ano – reclamou Miguel Ángel Ramírez.

Além de criticar o calendário por conta da parte física, Miguel Ángel Ramírez tocou em outro ponto sobre o futebol nacional. Na avaliação do treinador espanhol, o esporte no país nunca irá evoluir caso os profissionais não tenham tempo de trabalhar e isso passa, diretamente, por uma mudança necessária no calendário, e na filosofia, do futebol no Brasil.

– No futebol brasileiro não vai haver evolução se não mudar muita coisa. Quando se perde é treinador fora e entra outro. Com o jogador é a mesma forma. Quem tenta fazer coisas distintas não tem tempo. Olha o caso do Internacional, que tenta criar um projeto de futebol e, se não tem bom resultado, já não serve como nos outros anos. Se seguir assim, o futebol no país não vai evoluir nunca. É lançar jogadores no campo e ver o que acontece – afirmou Miguel Ángel Ramírez.

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