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Moacir Júnior avalia passagem pelo Botafogo-PB e cita falta de tempo para trabalhar com a equipe

Moacir Júnior (Foto: Reprodução/Botafogo-PB)

Treinador ressaltou os feitos no futebol paraibano

Foto: Reprodução/Botafogo-PB

Experiente e já conhecido no cenário nacional do futebol, o técnico Moacir Júnior possui passagens significantes no esporte brasileiro. O treinador já esteve à frente do Tombense, América-MG, Náutico, Criciúma, Botafogo-PB e tantos outros clubes. No Botafogo-PB, mesmo com pouco tempo para trabalhar, Moacir entregou o que tinha de melhor. O treinador recordou momentos vividos no clube paraibano e falou sobre a sua trajetória no time que disputou Copa do Nordeste e Campeonato Paraibano sob seu comando.

– Eu defino como uma passagem positiva, quando você tem a honra de dirigir uma equipe grande, como é o Botafogo, você tem que estar ciente que você tem obrigações, representar bem a equipe na Copa do Nordeste, que é um campeonato dificílimo, a gente chegou nas oitavas de final, enfrentamos naquele momento a melhor equipe que era o CRB, prova é que chegou a final eliminando Bahia, e tivemos jogos memoráveis contra o Fortaleza, o próprio Bahia, e também no campeonato estadual, você tem que cumprir a obrigação, você tem que chegar na final, como clube grande, e você chegando na final, a decisão quando ela vem nos pênaltis, ela se prevalece mais de um fator psicológico de momento de detalhe do que propriamente de estratégia, então eu acredito que a gente cumpriu as missões de fazer bem as duas competições, e ficou pelo detalhe aí o título e a sequência na Copa do Nordeste – recordou.

Moacir esteve no Botafogo-PB nesta temporada de 2024 e com pouco tempo para trabalhar, disputou o Campeonato Paraibano. Por lá, a equipe disputou oito jogos, somando duas vitórias, quatro empates e duas derrotas, ficando com o vice-campeonato estadual. Moacir comentou sobre os fatores que contribuíram para esse feito.

– Eu tenho de praxe de sair do clube e fazer uma avaliação rigorosa da performance e também dos resultados. Eu acho que o trabalho encaixou, sim. Prova é que a gente naquele momento da saída estávamos já a oito jogos invictos e na verdade o que precisava era de ter mais tempo. Eu dei dois treinos apenas no Botafogo, o resto era jogar, recuperar, preparar. Então, para jogar mesmo um futebol que eu acredito que a gente poderia ter apresentado melhor, eu teria que ter um tempo pra treinar, que era o tempo entre o estadual e o brasileiro, que não foi me dado – pontuou antes de completar:

– Mas como eu falei, o trabalho encaixou da forma que todos esperavam, a nível de vitórias mirabolantes, talvez não, mas no aspecto de você estar oito jogos invicto e está chegando em retas finais de campeonatos importantes como a gente chegou, eu acho que isso significa cumprir uma sua obrigação quando você dirige um grande clube como é o Botafogo.

O treinador aproveitou a ocasião para avaliar o momento de baixa que viveu o Botafogo-PB na Série C do Campeonato Brasileiro. Depois de ter sido a melhor equipe da primeira fase da competição, o Botafogo não conseguiu o acesso, após finalizar a segunda fase em 3º lugar do Grupo B, atrás de Volta Redonda e Remo.

– O Botafogo nos últimos anos tem sofrido com essa fase final, a fase aguda da competição. Eu estava na Aparecidense e enfrentei. A gente teve um bom resultado diante do Botafogo naquela ocasião e praticamente tiramos as chances do clube na Série C. No ano seguinte teve o mesmo problema. A chegada de muitos jogadores sem um consenso entre a comissão técnica, a parte executiva, direção executiva e técnica e a parte da direção principal do clube – lembrou para finalizar:

– Eu acredito que isso tem sido o principal fator. Você tem a carência dos jogadores, você tem que ouvir primeiro a parte técnica, porque é a parte técnica que sabe direcionar as carências. É óbvio que tem um colegiado ali, toda uma comissão técnica, têm analista de desempenho… Depois você discute isso com a parte da direção do clube. Eu acredito que nos últimos anos os modos operantes são diferentes. Até a precisa, aí vem a direção e determina aquele atleta que vai vir para o clube. Então isso aí não é salutar, isso aí não é muito produtivo, prova é que os últimos resultados vem dizendo isso.

Questionado sobre o retorno ao futebol paraibano, o treinador Moacir Júnior recordou conquistas no cenário e não dispensou a possibilidade de voltar a fazer parte do futebol dessa região.

– Eu tenho uma média muito boa no futebol paraibano. Eu tenho dois campeonatos estaduais disputados e eu fui campeão em um e fui vice-campeão no outro. Então, essa é uma média dos sonhos para qualquer time que queira ter um calendário, como nós deixamos, através do estadual, a Copa do Brasil, que o Botafogo esse ano não teve. Eu acho que, com certeza, eu tenho essa média boa dentro do estado e pelos serviços prestados também na região, no estado do Rio Grande do Norte, outros com títulos, e sempre chegando. O importante para mim é isso, é sempre chegar. Eu tenho um respeito enorme porque faz parte da minha carreira, faz parte do meu currículo de títulos e finais, o estado da Paraíba. Então, eu desejo sucesso. Estamos engajados em um projeto muito sério no estado de São Paulo, muito promissor, muito ambicioso, mas, obviamente, se um dia for convidado, com certeza vamos estudar com muito carinho a possibilidade – finalizou.

O treinador Moacir Júnior, na temporada de 2024, soma 14 jogos disputados, distribuídos em Campeonato Mineiro, Copa do Nordeste e Campeonato Paraibano, sendo quatro vitórias, sete empates e três derrotas.

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