Fluminense
Nino diz que não possui uma preferência por um companheiro de zaga e sonha em levantar uma taça pelo Fluminense
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Desde que chegou ao Fluminense, Nino tem sido um dos pilares da defesa do Tricolor. Com ótimas atuações e qualidades técnicas indiscutíveis, o zagueiro já foi alvo de sondagens de diversos clubes, incluindo uma recente do Fenerbahçe, da Turquia. Nesta terça feira (26), em entrevista coletiva, ele comentou sobre esse interesse do clube turco.
– Faz uns 10 dias que eu não converso com meus agentes. A última vez que conversei, fiquei sabendo sobre uma possível proposta, um interesse. Desde então, é isso tudo que eu sei e eu prefiro que seja assim, a gente tem jogos muito importantes pela frente e a nossa cabeça tem que estar aqui no Fluminense sempre.
Além disso, o defensor foi perguntado se ele concorda com a visão, que vem sendo debatida ultimamente no mundo esportivo, de que o Fluminense pratica o melhor futebol do Brasil.
– Eu acredito que a gente tenha potencial para ser a melhor equipe do país, mas a gente precisa melhorar e crescer, continuar crescendo jogo a jogo. Eu acho que nesse processo, é natural que em algo momento venhamos a oscilar e precisamos saber que a verdade está sempre aqui, que as vitórias não querem dizer que está tudo certo e as derrotas não vão dizer que está tudo errado. A gente tem que ter muito a cabeça no lugar para saber que é um começo de trabalho do Professor Diniz, e que a gente precisa, mesmo em meio as marés boas, como essa que estamos vivendo agora, saber que precisamos continuar com o pé no chão e melhorar a cada jogo. Mas eu acho que a gente tem um potencial para, se tudo der certo e continuarmos focado, daqui a um tempo, talvez, ser a melhor equipe do Brasil.
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TRECHOS DA COLETIVA:
Questões físicas dos jogadores
– A gente tem um ótimo grupo na área da fisiologia e da preparação física. Precisamos valorizar o trabalho deles, porque é um trabalho espetacular. E o fato de a gente ter algumas lesões nos anos passados não significa que o trabalho deles não esteja sendo bem feito, temos um calendário congestionado por causa de pandemia e diversos outros fatores, muitas viagens do Campeonato Brasileiro e um espaço muito curto de uma partida para outra, tudo isso coopera para que as lesões aconteçam e os desgastes sejam maiores, mas eles tem nos ajudado e fazem de tudo para que estejamos sempre em campo.
Lotação frequente no setor visitante por parte da torcida
– Temos acompanhado, sim. Ficamos muito feliz com a mobilização e o apoio da torcida em todos os estados que a gente joga, acompanhamos que os ingressos tem sido esgotados com uma certa frequência e a gente fica muito feliz da torcida estar vindo com a gente, acompanhar a nossa ideia e acreditando no nosso time. A gente espera que essa harmonização entre time e torcida continue, que os frutos que essa relação tende a dar são muito boas.
Possível saída no futuro
– Eu enxergo isso com muita naturalidade. Estou há 3 anos e meio no clube. Entendo que é o meu melhor momento individualmente, e do clube também, desde que eu cheguei. Enxergo que a gente venha numa crescente e é natural que a gente acabe sendo valorizado pelo nosso trabalho. Professor Diniz, quando ele chegou, disse que o objetivo dele era fazer com que o coletivo ficasse forte, para que o individual fosse valorizado, e acredito que isso vai acontecer cada vez mais, que outros nomes vão estar cada vez mais em evidência. Eu estou muito focado aqui no Fluminense. Sempre deixei isso muito claro que eu sou feliz aqui e muito grato pela oportunidade de vestir essa camisa. Eu tenho uma relação muito boa com o Presidente, os funcionários e com todos os jogadores, então realmente enxergo de uma maneira muito boa esse momento que estamos vivendo e o meu foco tem sido que esse momento continue, que a gente continue crescendo, pois realmente temos possibilidades de título, sim, etapa por etapa, mas sempre acreditando que a gente pode ser campeão.
Copa do Brasil
– A Copa do Brasil, por ser menos jogos, é claro que parece estar mais próximo da gente. Todas as competições o caminho é manter a constância, é encarar todo jogo como uma final e acho que só assim a gente vai conseguir conquistar o título que for, e já temos uma decisão contra o Fortaleza, uma equipe muito organizada, ótimos jogadores, com um treinador que já está há um tempo, implementando a filosofia dele, num estádio que é sempre muito difícil jogar. Já joguei lá com o gramado bom e ruim, a gente não sabe como vai estar na hora, mas o que a gente sabe é que vamos encontrar uma torcida que vai querer empurrar o time o tempo todo e precisamos estar focados, concentrados para trazer um bom resultado de lá e decidir o jogo em casa.
Fatores para o bom momento que a equipe vive
– Eu acho que quando se tem tempo para trabalhar em todas as funções, a probabilidade é que seu trabalho esteja sempre crescendo. Eu enxergo assim, eu vejo que o elenco de 19 para o de 22 foi se encorpando durante todo o processo, a gente conseguiu ter uma continuidade, na medida do possível, e acho que todas essas coisas cooperam, a chegada de jogadores experientes, acostumados com título, a mescla com Xerém. Acredito que essa organização e essa harmonização no clube, como um todo, tem cooperado para que esses resultados aconteçam.
Possibilidade de levantar uma taça
– Ser capitão para mim é uma honra muito grande. Eu tive 2 anos de escola com o melhor capitão que eu pude conhecer e conviver, que é o Fred, e acredito que o fato de eu começar a ser o capitão da equipe aconteceu de uma maneira natural, foi algo que eu não sonhei, que não botei como objetivo pessoal, simplesmente aconteceu. O Fred foi muito importante para isso, sempre rezou para que eu fosse o sucesso dele com a braçadeira. Substituir ele nesse posto de líder é muito difícil, mas eu tenho tentado colocar em prática tudo que ele me ensinou.
– Há 3 meses atrás ninguém nos colocava na briga por títulos, mas o nosso trabalho tem feito com que as pessoas acreditem em nós e eu acredito que, nesses momentos, a atenção tem que se redobrar, pois só chegamos aqui pelo o que a gente tem feito, e os títulos só chegarão se a gente permanecer na mesma pegada que sempre tivemos. Com certeza eu tenho o sonho de um dia levantar uma taça, seria um momento muito especial na minha carreira.
Preferência por um companheiro de zaga
– Não colocaria um parceiro que se encaixe mais. Eu enxergo que a nossa força tem sido a do sistema defensivo. Vi uma matéria que, até agora, ainda não perdemos quando a dupla de zaga sou eu e Manoel, e as pessoas tendem a colocar muita atenção na dupla. Tem sido o empenho de todos, de quando perder a bola, os atacantes voltarem e todos os adversários terem que passar por onze jogadores para fazer o gol. Essa é a nossa força, independente de quem jogue, essa força vai continuar, porque o nosso sistema está se empenhando em deixar o time e o Fábio protegidos.