Automobilismo

Nova Ferrari, com detalhe em verde, promete mudança radical para 2021

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Divulgação / Twitter F1
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A Ferrari apresentou nesta quarta-feira (10) o SF21, carro que será utilizado na temporada 2021 da Fórmula 1. Misturando dois tons de vermelho, a “nova Ferrari” traz um surpreendente detalhe em verde, referência a um dos patrocinadores, além de alterações substanciais na construção da máquina.

Historicamente, a equipe de Maranello é patrocinada pela Philip Morris, fabricante de cigarros. Com a proibição da propaganda da indústria tabagista, as empresas buscam alternativas. Para este ano, a Mission Winnow volta a figurar na escuderia italiana. Trata-se de uma iniciativa da multinacional americana, com uma explicação genérica: “é uma plataforma de comunicação não convencional para compartilhar nossa jornada e criar um palco para um diálogo construtivo”, diz o site.

— O verde foi uma alteração de última hora. Tenho que dizer que ainda estou me acostumando em vê-lo no carro – revelou Charles Leclerc em um vídeo divulgado pela equipe logo após o lançamento.

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“MUDANÇA RADICAL”

As maiores alterações no carro não devem ficar nas cores. A primeira mudança, e mais esperada, é no motor. A Ferrari afirma que desenvolveu uma unidade de potência totalmente nova.

— Junto com nossos colegas do time de chassi, trabalhamos muito no layout da unidade de força, para tornar o design geral do carro o mais eficiente possível. Com o motor de combustão interna, nos concentramos em aumentar seu nível de eficiência térmica, em conjunto com a Shell, e isso produziu uma melhoria no tempo de volta que estimamos em mais de um décimo de segundo — explicou Enrico Gualtieri, chefe de motores da equipe.

A Ferrari afirma que estudou as partes do carro que precisavam de uma “mudança radical” e focou os esforços na traseira, projetando uma nova caixa de câmbio e um novo sistema de suspensão, além de alterações no sistema de resfriamento. De acordo com Enrico Cardile, chefe da divisão que cuida do chassi, a equipe ainda se esforçou para alterar também a asa dianteira.

— A aerodinâmica foi uma das áreas afetadas pelas mudanças do regulamento ao reduzir a capacidade de gerar carga vertical, a fim de não sobrecarregar os pneus. É por isso que, à medida que começamos a desenvolver a aerodinâmica do carro, estabelecemos dois objetivos: recuperar mais força descendente aerodinâmica do que a perdida pelos regulamentos e reduzir o arrasto — explicou o engenheiro.

Com Charles Leclerc e Carlos Sainz, a nova Ferrari dá as primeiras voltas com o novo carro na quinta-feira, aproveitando o dia de filmagens, já no Bahrein. Na sequência, participa dos testes de pré-temporada na sexta, sábado e domingo.

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