Fluminense

O impacto da saída de Gilberto para o Fluminense

O colunista Rodrigo Coutinho mostra como Gilberto era importante para o time do Fluminense

Com a confirmação da venda de Gilberto para o Benfica, o técnico Odair Hellmann tem um grande problema na montagem de sua equipe para o Campeonato Brasileiro. O lateral-direito era figura primordial no funcionamento do time. Mesmo não sendo unanimidade na torcida tricolor, o camisa 2 era o ”dínamo ofensivo” pelo seu setor, Rápido, forte física e mentalmente, e influente demais na produção de gols em 2020.

No modelo de jogo do Fluminense, Odair busca dar liberdade ofensiva a seus laterais. Egídio pela esquerda e Gilberto pela direita geralmente têm o ”corredor” todo a sua disposição. No flanco de Gilberto, inclusive, a questão é ainda mais forte, já que Nenê faz a flutuação para o centro do campo quando o Tricolor se instala na intermediária rival, e o camisa 2 utilizava a sua velocidade para dar volume ao time no setor.

Não a toa que 41% dos gols do Fluminense em 2020 saem pelo lado direito. Muitos deles com a participação direta do atleta ou até mesmo indireta, dando uma pré-assistência ou participando da articulação. Gilberto também era figura importante na bola parada aérea ofensiva. Não é tão alto, tem 1,79m, mas a sua impulsão e boa técnica de cabeceio lhe geraram cinco dos 11 gols que marcou pelo clube das Laranjeiras em três temporadas.

Gilberto participou diretamente de 14% dos gols do Tricolor em 2020. É um dos mais influentes do time

Detalhe também para o seu potencial de chegada na área adversária, capacidade de finalizar e potência nos metros finais do campo. Defensivamente tem problemas de posicionamento, mas ao longo da carreira desenvolveu uma abordagem de marcação bem agressiva, e já conseguia ter um desempenho competitivo protegendo o seu setor. Muito em função da personalidade que construiu nos últimos anos. Sempre crescia em clássicos por exemplo, e fez três gols em ”FlaFlus”.

Neste primeiro momento a reposição deve ser feita com o reserva Igor Julião, que tem características bem diferentes de Gilberto, além de não oferecer o mesmo pico de desempenho do antigo titular. Lucro financeiro necessário a parte, um duro baque para o ”campo e bola” do Fluminense a poucos dias do início do Brasileirão.

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