Outro lado

‘O SBT é Corinthians’; relembre a relação de Silvio Santos com o futebol

Silvio Santos (Foto: Francisco Inácio/SBT)

Maior comunicador brasileiro, Senor Abravanel faleceu aos 93 anos e deixou uma marca também no esporte

Foto: Francisco Inácio/SBT

A genialidade do apresentador e empresário Silvio Santos, morto nesse sábado (17), aos 93 anos, transcendia o entretenimento. A história de Senor Abravanel também tem capítulos ligados ao esporte.

Natural do Rio de Janeiro, Silvio foi torcedor do Fluminense na juventude – a revelação foi feita espontaneamente em um de seus programas, quando conversava com o pai de Neymar.

— Você não jogou com o Tim e com o Hércules, né? Eles jogavam no Fluminense, para quem eu torcia quando eu acompanhava futebol — disse.

Ao fazer de São Paulo sua base de trabalho, adotou o Corinthians, clube mais popular do estado. A marchinha “Coração Corinthiano”, composta por Manoel Ferreira e Ruth Amaral, acabou eternizada na voz do Patrão. Já a Tele Sena, um de seus empreendimentos, patrocinou o Timão durante alguns anos.

A relação gerou um comentário inusitado. Apresentando seu programa aos domingos, Silvio “revelou” a torcida de algumas emissoras. Segundo ele, a Record era Palmeiras (por estar na Barra Funda), a Band era São Paulo (localizada no Morumbi). O SBT, então, “é Corinthians”.

Em 2000, protagonizou uma das ações de marketing mais surpreendentes nos gramados: autorizou o uso do logo do SBT na camisa do Vasco da Gama, que disputava a final da Copa João Havelange, transmitida com exclusividade pela concorrente TV Globo.

Eurico Miranda, mandatário do Vasco, ficou irritado com a cobertura da emissora carioca no incidente de São Januário. Na partida de ida, contra o São Caetano, parte da arquibancada do estádio desabou, paralisando o jogo para atendimento dos torcedores. A reportagem foi dura com o cartola, acusando-o de forçar o reinício da partida, mesmo com vários feridos sendo levados de ambulância para o hospital.

Ainda nos anos 90, estreou o Gol Show, programa de auditório que simulava uma disputa de pênaltis. O telespectador, por telefone, gritava gol. Nesse momento, uma máquina, que se movia rapidamente, disparava uma bola em direção a uma baliza. Havia premiação para quem acertasse o gol e uma premiação maior para quem acertasse traves e o ângulo.

Na estreia do programa, o goleiro José Luis Chilavert, estrela paraguaia, defendeu o gol. Ou melhor, tentou.

Na década de 1970, Silvio Santos utilizou a TVS (nome da emissora antes de virar SBT) para transmitir o jogo de despedida de Pelé. Em parceria com a Rede Tupi, o canal exibiu a partida entre New York Cosmos e Santos. A ação foi bem sucedida, de acordo com Caio Vale, diretor do departamento comercial da TVS

— Tivemos sucesso num sábado à tarde. E pela primeira batemos os 20 pontos de audiência, que foi um negócio maravilhoso — afirmou em entrevista ao canal de Luciano Callegari, ex-diretor do SBT, no Youtube.

Recentemente o SBT voltou às transmissões esportivas, depois de um período de afastamento. Na história, a emissora exibiu a Copa do Mundo de 1994 e 1998, a Copa América de 1991, as Olimpíadas de Atlanta 1996 e a Fórmula Indy.

Atualmente o SBT transmiste a Liga dos Campeões e a Copa Sul-Americana.

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