A relação entre o boxe e o Comitê Olímpico Internacional (COI) ganhou mais um capítulo negativo nesta semana, com uma informação do jornal inglês ‘The Times’ de que dois árbitros que atuaram nas competições do esporte nas Olimpíadas de Paris foram suspensos por acusação de suposta corrupção.
Segundo a publicação, os dois árbitros são oriundos do Cazaquistão, estes sendo Alisher Altayev e Yermek Suyenish. O último, inclusive, foi o árbitro de duas lutas da brasileira Bia Ferreira nos Jogos, inclusive o da derrota para a irlandesa Kellie Harrington nas semifinais, que a fez ficar com o bronze O jornal, no entanto, não liga tal acusação feita a Suyenish e seu colega à atuação de ambos nos ringues parisienses ou possíveis atos destes cometidos durante o evento que pudessem lançar esta decisão.
Ambos teriam sido suspensos ainda com as Olimpíadas de progresso, no último dia 4. A base usada pelo COI para a decisão foi um relatório entregue à entidade no qual todos os árbitros tiveram suas avaliações, e ambos foram apontados terem ‘risco’ de se envolverem em corrupção. Altayev foi colocado na lista de ‘alto risco’ enquanto Suyenish constou como ‘risco médio’.
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As justificativas para tais nomenclaturas de risco e o conteúdo do relatório que baseou as punições não foi revelado. O que também se sabe é que a dupla cazaque não foi a única a ter envolvimento em tais supostos casos. Além deles, mais oito árbitros que trabalharam nas Olimpíadas de Paris também foram colocados com tal suspeita, de acordo com o jornal.
Suyenish não apenas trabalhou na luta entre Bia Ferreira e Kellie Harrington, também estando em uma das vitórias da brasileira em Paris, contra a holandesa Chesley Hejinen, nas quartas de final. Por sua vez, Altayev foi o juiz lateral (que trabalha anotando as pontuações dos lutadores) esteve na luta de Wanderley Pereira contra Cedrick Belony-Duliepe, esta vencida pelo brasileiro. Ao todo, a dupla trabalhou em 46 combates de boxe nos Jogos Olímpicos.
