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Olimpíadas tem segundo caso de boxeadora em polêmica sobre teste de gênero; entenda

Lutadora taiwanesa foi suspensa pela IBA mas liberada para lutar pelo COI (Foto: Reprodução/Instagram)

A polêmica envolvendo a boxeadora argelina Imane Khelif ganhou mais um capítulo neste domingo (4) nas Olimpíadas de Paris.

Reprodução/Instagram

A polêmica envolvendo a boxeadora argelina Imane Khelif ganhou mais um capítulo neste domingo (4) nas Olimpíadas de Paris. No entanto, este não tem a ver diretamente com a lutadora, mas com um novo caso envolvendo lutadoras que não teriam passado no teste de gênero e que estão competindo nos Jogos.

Segundo informação do Uol Esporte, Yu Ting Lin, de Taipé Chinesa (Taiwan), assim como Khelif, estaria lutando nos Jogos nas divisões femininas da nobre arte mesmo reprovadas em um teste de gênero feito no último Mundial de Boxe. Essa reprovação a eliminou de tal torneio, juntamente com a argelina, pela Associação Internacional de Boxe (IBA), por ‘não cumprir com critérios de elegibilidade’.

A IBA, de acordo com o portal, não revela as condições e o tipo de teste ao qual Lin e Khelif foram submetidas. A entidade afirma que estes testes seriam ‘confidenciais’, mas negou que ambas tenham sido submetidas a testes de testosterona e que estas foram reprovadas e suspensas por terem, nos critérios da associação, ‘vantagens competitivas’ em relação às rivais.

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Lin disputa o torneio olímpico do boxe na categoria até 57kg e avançou às semifinais depois de vencer a búlgara Svetlana Staneva neste domingo (4). A taiwanesa compete apesar da negativa da IBA quanto a sua participação em competições, pelo fato do boxe ser regulado nas Olimpíadas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), que recentemente tirou a regulamentação do esporte de sua entidade.

Tanto a taiwanesa como a argelina foram liberadas pelo COI para lutar nas Olimpíadas por, na visão do órgão máximo do esporte olímpico, ‘cumprirem com todos os critérios de elegibilidade’ para lutar na modalidade. Nas regras do comitê, Ljn e Khelif passaram por todos os exames médicos que comprovariam que teriam condições necessárias para se inscreverem nas divisões femininas.

A controvérsia ganhou espaço com o caso envolvendo Imane Khelif e, principalmente, a luta que fez com a italiana Angela Carini. No duelo, Carini decidiu abandonar o combate após sofrer um golpe da argelina e tal ato se transformou em uma série de controvérsias e até ‘fake news’ envolvendo a boxeadora, cujo gênero foi posto em xeque e muitas informações que diziam que a argelina seria transgênero desmentidas por esta e sua equipe, que reafirmou que esta ‘nasceu, foi registrada e é’ do gênero feminino.

“Quero dizer que sou mulher e continuarei sendo mulher”, disse a boxeadora em entrevista à NBC depois de sua luta no último sábado (3) contra Anna Luca Hamori, da Hungria.

“Imane sofreu muito quando criança e agora, como campeã, ela sofreu durante estes Jogos. Onde está a humanidade? Onde está o direito das mulheres, as associações? Ela é a vítima aqui”, disparou o treinador de Khelif, Mohammed Chaoua.

A possibilidade de Lin e de Khelif serem intersexo (quando nascem possuindo características sexuais não binárias) chegou a ser especulada mas não há confirmação se são intersexo ou se nasceram mulheres cisgênero (quando, biologicamente, pessoas nascem com características sexuais e anatômicas ao gênero ao qual se identificam).

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