São Paulo
Olten nega golpe, defende reforma e reunião online: ‘Tomamos a medida adequada’
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Pressionado após a votação da mudança do estatuto do São Paulo, que ocorreu no último dia 16 de dezembro, o presidente do Conselho Deliberativo do clube Olten Ayres concedeu entrevista coletiva na tarde desta terça-feira. Entre suas respostas, o presidente enfatizou a importância da reforma, deu explicações sobre as pautas votadas, a realização da reunião de forma online e negou o termo “golpe”, que ganhou força entre os torcedores descontentes com as mudanças propostas.
A extensão do mandato dos conselheiros, aprovada durante a votação, foi defendida por Olten. O presidente afirmou ser “favorável à vigência imediata dessas regras (extensão do mandato” e que pela estabilidade administrativa e financeira do clube, um mandato de três anos ao conselheiro “não permite exercer sua atividade em sua plenitude”. Para Olten, prorrogar a decisão para a próxima eleição é prejudicial ao clube.
Olten também foi questionado quanto ao sigilo da maior parte das reuniões do Conselho em seu primeiro ano de mandato. O presidente ressaltou que a ideia de “transparência” e a promessa de gravar as reuniões do Conselho Deliberativo foi sua, mas que a transparência não pode ser confundida com irresponsabilidade. Olten descatou a importância das reuniões já gravadas:
-Pela primeira vez na história do São Paulo, há reuniões transmitidas diretamente pela spfctv, onde a comunidade são paulina extra-clube tem acesso as informações que estão sendo discutidas. A transparência não significa que temos que beirar a irresponsabilidade de revelar informações confidenciais. Este ano transmitimos cinco reuniões ao vivo para a comunidade são paulina, número equivalente ao que outrora havia de reuniões por ano. temos hoje 30 reuniões/ano, porque qualquer assunto estratégico que gere a necessidade de uma análise mais profunda do Conselho Deliberativo é imediatamente colocada em votação. Não podemos abrir mão da possibilidade de não transmitir determinadas sessões que não podem ser abertos à toda comunidade – afirmou o presidente do Conselho Deliberativo.
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A reunião do dia 16 pautada na reforma estatutária foi realizada em sigilo e de forma online. O clube justificou as ações ressaltando a segurança de seus conselheiros contra a transmissão da nova variante do coronavírus. A medida entrou em contradição quando três dias depois, diversos membros do conselho (incluindo Olten e Julio Casares) estavam reunidos presencialmente na festa de encerramento do futebol.
Ainda assim, Olten reiterou que impedir a disseminação da variante foi sim fator determinante para a realização da reunião online, e justificou a festa de forma presencial por estar em “ambiente aberto”.
– Nós temos um parecer assinado por cinco professores de medicina que recomendaram que em uma situação de ambiente fechado, com um número expressivo de pessoas em grupo de risco, não seria recomendado (reunião presencial) devido a variante Ômicron, que infelizmente vem tomando uma proporção não querida. Os fatos nos trazem a certeza de que tomamos a medida adequada. – afirmou o presidente, finalizando – O corpo médico do São Paulo autorizou essa festa porque ela estava sendo realizada em um ambiente aberto.
Por último, Olten Ayres rechaçou a possibilidade de “golpe” na reforma votada pelo Conselho. O presidente detalhou o processo de votação e ainda ressaltou que os 14 itens aprovados no dia 16 ainda precisam passar pela Assembleia de Sócios.
“A reforma nasceu de um requerimento assinado por 82 conselheiros do São Paulo, que perfazem um terço do Conselho Deliberativo. Essa reforma foi apresentada à mesa do Conselho Deliberativo, à minha pessoa, e imediatamente encaminhada para a Comissão Legislativa do São Paulo. Tudo conforme determina o estatuto. A Comissão Legislativa emitiu parecer, este parecer foi levado à votação no Conselho Deliberativo onde tivemos expressiva presença de 92% dos conselheiros. Todos os itens foram discutidos naquela reunião e nessa discussão acabou redundado na reprovação de dez itens e na reprovação de 14 itens. Golpe onde se reprova parcialmente ou integralmente alguns dos itens apresentados não existe.”
“Essa reforma será decidida pelos associados no voto direto. Vamos ao voto. Aconteça o que acontecer, o voto do associado é soberano. Está na mão do associado o destino dos 14 itens aprovados na reunião do Conselho Deliberativo. Caro associado, votemos, aprovemos ou rejeitemos, mas votemos todos.”