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Opinião: Derrota para o Palmeiras mostra que Inter não pode abrir mão de um centroavante

Ricardo Duarte/Internacional

No último domingo (24), o Inter foi até o Allianz Parque e acabou derrotado pelo Palmeiras por 2 a 1. A derrota para o líder do Campeonato Brasileiro, além de praticamente decretar o fim das chances do tetracampeonato nacional, também evidenciou as dificuldades do Colorado de sair do esquema de jogo que vinha dando certo nos últimos jogos.

Buscando surpreender o Palmeiras, e dar maior segurança no meio-campo, Mano Menezes resolveu começar com mais um volante (Johnny) e dois atacantes de lado (Wanderson e Pedro Henrique) ao invés de um centroavante. No entanto, rapidamente deu para perceber que o time não funcionaria. Armado para se de defender, o Inter não conseguia sai de trás nem com a bola pelo chão, pois ninguém da frente aparecia para tabelar, nem pelo alto, pois não havia nenhum atleta para fazer a parede.

O resultado disso foi que, durante todo o primeiro tempo, o Inter foi completamente dominado pelo Palmeiras. Tanto é que, só conseguiu o primeiro chute a gol, já nos acréscimos. Wanderson e Pedro Henrique não conseguiam se aproximar, pois estavam muito espaçados, assim como Edenilson não dava sequência em tabelas, já que, por característica, não sabe jogar de costas para o adversário. A situação só mudou depois do intervalo.

Com a entrada de Alexandre Alemão, o Inter mudou completamente de postura. Em virtude da presença de um centroavante, as bolas longas encontravam um alvo e as rasteiras, para a tabela, achavam o pivô. Isso, inclusive, preocupou mais a defesa do Palmeiras, que passou a avançar bem menos, dando mais campo ao ataque Colorado.

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A discrepância de um tempo para o outro evidência, então, que o Inter precisa da presença do centroavante. Em jogos que o adversário controla o meio, como foi o caso contra o Palmeiras, é preciso um escape que prenda os defensores, e Alemão foi perfeito nisso. Além disso, Pedro Henrique e Wanderson, apesar de bons dribladores, sozinhos não encontravam referências, o que mudou com a entrada do camisa 35.

Alexandre Alemão pode ainda estar passando um desenvolvimento técnico e, principalmente, tático, mas, enquanto o Inter não contratar outro centroavante, não pode sair do time. Com um jogador por ali, as jogadas de Pedro Henrique e Wanderson ficam mais naturais, além de tirar de Edenilson a pressão de centralizar em busca de tabelas o tempo todo, um dos pontos fracos do camisa 8.

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