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Opinião: Empate dos reservas revela carências e virtudes do elenco do Internacional

Ricardo Duarte/Internacional

Na última quarta-feira (02), o Internacional foi a Ijuí enfrentar o São Luiz, pelo Campeonato Gaúcho. Diante de uma viagem longa, e após duas vitórias em alta intensidade, o técnico Alexander Medina decidiu rotacionar o elenco. Mesmo atuando com o time reserva, o Colorado conseguiu manter o padrão de jogo tático mas, por falhas no último terço, saiu com um empate sem gols.

O empate no entanto, não foi de todo ruim. A liderança foi mantida e foi possível observar como se saíram, individualmente e taticamente os jogadores. É preciso relevar, é claro, o fato de ser início de temporada, mas a adaptação há uma ideia de jogo, no quesito leitura com e sem a bola, pode ser detalhada para avaliar quais posições o Internacional está bem servido e aquelas que precisam de reforço.

No gol não há discussão. O próprio técnico Alexander Medina admitiu que o Internacional não analisa goleiros no mercado. Keiller foi muito bem e mostrou que pode sim brigar por titularidade com Daniel. Na linha defensiva, todavia, é onde a analise precisa ser mais rigorosa por parte da direção.

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Em um esquema com linhas altas, Heitor acaba deixando o lado direito fragilizado, principalmente com a famosa bola nas costas. Gabriel Mercado, por sua vez, tem qualidade como zagueiro, sendo um bom reserva para a função, mas não pode ser lateral-direito. O movimento do Internacional, de ir atrás de Bustos, do Independiente, se mostra, principalmente, uma carência de elenco. Além deles, Kaique Rocha e PV mostraram qualidade para brigar por titularidade com Cuesta e Moisés.

No meio-campo está o setor onde o Internacional mais tem jogadores de qualidade para a reserva. Apesar de contestado, Rodrigo Lindoso não prejudica o funcionamento do time, mas, com a possível saída de Dourado, seria importante um reforço, já que o jogador carece de velocidade. Mais para frente, Johnny mostrou boa movimentação e viradas de jogo, pode ser, nesse início de temporada, o reserva imediato da segunda função.

Na terceira linha, duas afirmações e um problema. Maurício e D’Alessandro são, respectivamente, 12º e 13º jogadores do técnico Alexander Medina no Internacional. Possuem grande qualidade na perna esquerda e podem ser titulares em alguns jogos. Na esquerda, no entanto, Caio Vidal foi o que mais preocupou. Com dificuldades para realizar ações rápidas, e com erros de tomada de decisão, parece não ter espaço num esquema tático do treinador. O único trunfo do jovem é a falta de opções na função, já que Palacios rende melhor pelo meio e Gustavo Maia tem uma carreira ainda curta como profissional.

Para finalizar, a função de centroavante é a única que ainda traz dúvidas. Matheus Cadorini é novo, e, em alguns momentos, tem dificuldade na leitura de jogo. No entanto, tem imposição física que auxilia na marcação pressão, assim como nas ações de pivô. Precisa ser mais testado durante o Gauchão, mas é possível que o Internacional precise buscar mais um “9” para as disputas do Brasileirão, Copa do Brasil e Sul-Americana.

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