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Opinião: mesmo oscilando, Paiva segue sendo a melhor opção para o Bahia

Rafael Machado/EC Bahia

A derrota para o Botafogo na última segunda-feira (24) deixou um gosto amargo na boca dos torcedores do Bahia. Em uma partida na qual o Tricolor de Aço se mostrou mais agressivo do início ao fim, o resultado negativo vem como um banho de água fria para relembrar o time que na Série A, não se pode vacilar.

Essa derrota é a segunda do Esquadrão em duas rodadas, definitivamente não sendo um bom início de campeonato para os tricolores. Os resultados negativos fazem com que muitos retomem as críticas ao treinador da equipe, Renato Paiva, acreditando que o português é responsável pelos resultados negativos (e em parte, é mesmo), e que sua saída irá fazer com que o Bahia passe a vencer todos os jogos magicamente.

A verdade é que ainda está muito longe disso. Mesmo com o aporte recente do Grupo City, ainda há um caminho relativamente longo a ser traçado para que o clube volte a ser postulante a alguma coisa no Campeonato Brasileiro.

Equipes vencedores não se formam de uma hora para a outra, e até SAF’s anteriores a do Bahia, como RB Bragantino e o próprio Botafogo, ainda não conseguiram entregar um resultado esportivo que satisfaça sua torcida.

Dentro desse contexto, é importante lembrar que Renato Paiva chega a Salvador com o objetivo de implementar um estilo de jogo. E isso leva tempo. Ainda que muitas das ideias já se façam presentes – ninguém pode negar que o time tem uma proposta clara e bem executada de jogo -, os resultados devem demorar a aparecer.

Não estamos falando de um novo rico que saiu comprando os melhores jogadores do mundo, mas sim de um clube que adquiriu diversos jovens e jogadores não tão badalados, com o objetivo de desenvolver um método especifico de jogar futebol.

Qualquer expectativa nessa temporada que não seja de permanência na Série A, é equivocada, sinceramente. E apesar de doer no orgulho de um torcedor que é duas vezes campeão nacional, a verdade é essa.

Demitir o treinador as cegas achando que isso vai fazer o time magicamente ganhar tudo não irá mudar nada, somente aliviará os ânimos de parte da torcida, que muito provavelmente irá repetir o ciclo de criticas e pedidos de demissão ao próximo treinador assim que a primeira derrota vier.

Cabe a diretoria de futebol optar pela manutenção e pela convicção no projeto escolhido no início da temporada. Salvo em caso extraordinário, Paiva deve seguir como treinador. Esse tipo de postura é o que define uma gestão profissional de uma amadora. E só o tempo vai dizer qual o caminho que o Bahia escolherá.

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