A Jornada do herói, muito presente na literatura e artes como cinema e teatro é uma estrutura utilizada em mitos, lendas e mais. Se algum roteirista escreveu a história de Lionel Messi, certamente ele seguiu os passos da narrativa para o terminar em sucesso e glória, embora a carreira de Messi não tenha sido finalizada.
Por muitas vezes parecia que o craque argentino não poderia superar recordes incríveis, até os dele próprio, Messi provou não ligar muito para o impossível. Quatro Champions Leagues, 7 bolas de ouro, seis chuteiras de ouro e mais incontáveis marcas pareciam insuficientes para ele, ainda havia a Taça do Mundo para conquistar, embora o mundo já fosse seu.
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De muito contestado na seleção Argentina por não conseguir fazer o mesmo que fazia pelos clubes, ou as próprias categorias de base, Messi não era visto como ídolo por muitos de seu próprio país. 28 anos de seca de títulos veio após a conquista da Copa América no Maracanã contra o Brasil, havia palco e rival melhor?! A maldição estava quebrada, mas ainda faltava a maior conquista que um jogador poderia conseguir, a Copa do Mundo.
A comparação com Maradona era inevitável, mas a figura de Diego sempre foi marcante e diferenciada do jeito tímido e mais calmo de Messi. Na seleção sua postura mudou e a versão ‘Maradoniana” de Lionel surgiu. Com garra, provocando adversários, Messi incorporou a figura argentina ainda mais.
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Puxado pela torcida que cantava seu nome junto ao de Maradona nas arquibancadas, metrôs e ruas de todo o Qatar, Messi se fechou com o elenco para conquistar a Copa do Mundo. Desde a primeira partida chamando a responsabilidade quando mais se precisava, o gênio colocou o torneio debaixo do seu braço e a taça sem suas mãos.
Depois de bater a França, recebendo o prêmio de melhor do torneio, Messi quebrou os protocolos e tocou e beijou a taça com bastante intimidade. Midas do futebol, ele sentia pela primeira vez o seu maior objetivo na pele e por tudo o que fez para conseguir. A verdade é que Messi não precisava do título para ser considerado o melhor de sua geração ou um dos maiores de toda a história, mas levantar a Copa do Mundo o coloca nas cadeiras mais importantes do Monte Olimpo do futebol e sua jornada está completa, embora sua carreira ainda não.