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Opinião: Resultado do Gre-Nal não deve mudar planejamento do Internacional

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Ricardo Duarte/Internacional
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No próximo domingo (23) será decidido, de forma definitiva, o campeão Gaúcho de 2021. Na final, o Internacional se depara, novamente, diante do maior rival, o Grêmio. A expectativa, por levantar um troféu na casa do Tricolor é grande, mas o colorado não deve colocar isso acima de qualquer projeto, principalmente quando envolve a reformulação de um esquema tático e das categorias de base.

Logo depois da derrota no jogo de ida, no Beira-Rio, por 2 a 1, começaram a surgir diversas críticas ao trabalho de Miguel Ángel Ramírez. Tendo chego em março, para assumir o Internacional, o espanhol ainda tenta fazer os atletas compreenderem um jeito de jogar mais complexo, que exige maior leitura de espaços e implora por movimentação constante.

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No entanto, diante de um novo modelo tático, jogadores outrora essenciais, como Rodrigo Dourado e Edenilson, tiveram um grande declínio técnico. Para eles, esse modelo de muita posse de bola, com infiltrações em momentos chave, ainda traz estranheza, resultando em lentidão. Apesar disso, o potencial deles, para se desenvolverem é alto e, caso consigam se adaptar, pode ser uma ótima solução para abrir o meio-campo. Mas, primeiro, eles necessitam de uma retomada de confiança. para arriscarem mais passes para frente, não somente recuadas de bola.

O que a torcida do Internacional precisa entender é que, quando há uma ruptura de estilo de jogo, é preciso tempo de testes e, principalmente, adaptação. A falta de velocidade do time não é ideia de jogo e, sim, a não presença de jogadores que entendam e consigam exercer em campo o que aquela função exige.

No Independiente del Valle de Ramírez, por exemplo, o “camisa 5” constantemente girava sobre a bola, e distribuía a bola para um companheiro livre, não importando o lado. No Internacional, Rodrigo Dourado não conseguiu, até o momento, fazer isso, concentrando a saída de bola pelo lado direito quando apertado, pois é o passe fácil pro “pé bom” e ele ainda não consegue pensar de forma mais rápida.

O Internacional atual não tem, nem de perto, o potencial que a equipe pode atingir dentro do modelo, e do planejamento, de Miguel Ángel Ramírez. Nas últimas temporadas o colorado jogou muito em contra-ataques e, apesar de chegar em decisões, sempre faltou um algo a mais de criatividade e criação de jogadas para matar as decisões. Pedir que o espanhol mudasse isso perfeitamente em menos de 3 meses é completamente injusto.

O esquema “ideal” de Miguel Ángel Ramírez aparecerá no Beira-Rio, mas não em tão pouco tempo, pois isso exige aprendizado de atletas, preparadores físicos e até departamento de futebol, que precisam buscar reforços que se encaixem nos padrões táticos. Reforços, aliás, que já estão sendo analisados pelo Internacional, dentro de um Estadual que serviu para testes e percepções que quem tem capacidade, ou não, de se adaptar ao novo modelo tático que vigorará em Porto Alegre em 2021.

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