Z - Z Não marcar 3
Mesmo após sofrer goleada histórica, Paiva se diz tranquilo no Bahia
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A noite da última quarta-feira (22) não será esquecida tão cedo pelo técnico Renato Paiva, nem para os torcedores do Bahia. Isso porque, além de praticamente não agredir o adversário durante o jogo, o Tricolor sofreu uma derrota avassaladora para o Sport, na Ilha do Retiro, pela 5ª rodada da Copa do Nordeste: 6 a 0, com direito a “olé”. Mesmo após o duro revés (o maior na história do confronto), Paiva disse estar tranquilo no cargo.
Para o técnico, o resultado de seu trabalho à frente do Bahia até o momento é satisfatório, visto a classificação antecipada no Campeonato Baiano em primeiro lugar e também o triunfo diante do Vitória no primeiro Ba-Vi da temporada.
“Muito triste com o resultado, mas tranquilíssimo com o meu trabalho, assim como foi quando ganhamos o Ba-Vi, quando chegamos ao primeiro lugar no Baiano”, disse Paiva.
Ele ainda ressaltou que a elasticidade do placar não se deu por conta da expulsão de Ryan, aos 15 minutos da etapa inicial, mas ao estado do gramado e ao não entendimento disso por parte dos jogadores.
“Claro, obviamente, não posso dizer que algo está certo quando perco de 6 a 0. A expulsão não justifica o volume do resultado. (…) Uma equipe que se adaptou de imediato ao estado do terreno, jogou com bolas longas e superou nosso meio de campo. E outra equipe que quis jogar como se joga, apesar dos avisos, dentro do terreno, que é impossível jogar desta forma e fomos trazendo a pressão do adversário para cima de nós. Não conseguimos jogar com bolas longas. Mas os jogadores têm que perceber, e foi alertado antes e depois do aquecimento, que as condições não estavam favoráveis ao nosso jogo. O Sport adaptou-se melhor ao terreno e começou a tomar conta do jogo”, completou.
Pior derrota na carreira
A derrota na Ilha não foi uma qualquer. Foi a pior de Renato Paiva comandando o Bahia, além de ser também a pior em toda a sua carreira como treinador profissional. O próprio técnico fez questão de tocar no assunto ao longo de sua entrevista pós-jogo.
“Temos que saber viver com essas goleadas, foi a maior da minha carreira como treinador, sofri 5 a 0 pelo Independiente (del Valle) contra o Palmeiras. Temos que tirar lições delas”, falou RP.
Paiva na mira, Bahia na lanterna
Além de ser goleado, o Bahia ainda caiu uma posição na tabela devido à enxurrada de gols que sofreu. Com 4 pontos e um saldo de gols de -9, o Esquadrão agora amarga a lanterna do Grupo B da Copa do Nordeste. O Campinense possui a mesma pontuação, mas não só tem um jogo a menos como também possui um saldo de gols de -3.
Essas condições vêm gerando críticas ao trabalho de Renato Paiva, principalmente por parte dos torcedores, que desejam ver um time mais competitivo e que jogue um futebol mais vistoso devido ao alto investimento realizado pelo Grupo City. Há inclusive aqueles que já pedem a saída do treinador. Sobre as críticas, Paiva foi enfático.
“Não gostamos (de sofrer goleadas), mas há uma coisa que é certa, quando o Renato Paiva sentir que é um problema, vai embora. No México eu pedi demissão porque senti que naquelas condições eu não ia ser a solução. Como eu sinto que eu não sou o problema, vou continuar”, finalizou.
Próximos jogos
A próxima partida do Bahia será domingo, às 16h (horário de Brasília), contra o Itabuna, no Estádio Ribeirão. A partida será válida pela 9ª rodada do Baiano. Depois, no dia 1º de março, o Tricolor encara o Jacuipense na estreia da Copa do Brasil. O jogo será às 21h30 na Arena Fonte Nova. Já pela Copa do Nordeste, o Bahia retorna a campo no dia 5 de março, às 16h, novamente na Arena Fonte Nova, onde terá pela frente o clássico contra o Vitória.