Pilotos sofrem com temperaturas altas no GP do Catar e afirmam: ‘Corrida mais difícil do ano’

Neste último domingo (8), aconteceu o GP do Catar que teve Max Verstappen como vitorioso, mas no final da prova todos os pilotos partilharam este sentimento de vitória devido as condições assustadoras da prova.

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No final da corrida todos os 17 pilotos que completaram o GP do Catar demonstraram um nível mínimo de cansaço ou desidratação por causa da corrida intensa. Segundos relatos de jornalistas e funcionários, alguns pilotos chegaram a desmaiar no centro médico do GP do Catar

Nas entrevistas todos os pilotos concederam seus pontos de vistas da corrida e alguns se destacaram pelas condições que os pilotos se encontravam depois, por exemplo, Alonso que reclamou na corrida do seu assento muito quente terminou a prova com uma queimadura nas costas, Ocon afirmou ter vomitado no meio da corrida, Stroll disse que ele e outros pilotos quase desmaiaram durante a corrida e Verstappen afirmou que a vitória no GP do Catar foi a mais difícil da sua carreira.

VERSTAPPEN

“Foi uma das corridas mais difíceis que já fiz. Provavelmente uma das cinco mais difíceis”, iniciou. “Acho que o que determinou a prova foi meu primeiro trecho. Depois disso, pude apenas gerenciar meu ritmo e garantir que os pneus estivessem sempre em uma boa janela”, prosseguiu o piloto do carro #1 da Red Bull, que chegou a marca de 49 vitórias na F1 e está apenas dois triundos de igualar Alain Prost, quarto colocado no quesito de vitórias na história da categoria.

ALONSO

“Sim, pedi, mas aparentemente não é permitido jogar água. Meu assento estava muito quente desde a volta 15 e eu tive uma queimadura no lado direito do meu corpo. As condições foram extremas hoje e talvez o banco não tenha ajudado”, disse Alonso

“Temos de pensar para o futuro, em alguma coisa como delimitar uma temperatura máxima ou uma umidade máxima. No futebol, eles têm um tempo técnico para hidratação, mas não podemos ter isso”, finalizou o espanhol.

STROLL

“Eu estava tonto, sofrendo com pressão baixa e desmaiando no carro. Então, levar uma punição por extrapolar os limites de pista é uma piada”, disparou. Ao ser questionado sobre as razões por trás do mal-estar, o canadense se limitou a responder: “É duro”.

LECLERC

“Acredito que todos sofreram, sem exceção. É até complicado colocar em palavras o quão árduo foi. Foi duas vezes mais pesado do que uma corrida como Singapura. Honestamente, esta é de longe a corrida mais difícil que já fizemos em nossa carreira”, analisou Leclerc

“Mas acho que talvez tenhamos subestimado o que isso significava para nosso físico. Estávamos sob muito estresse nas curvas de alta velocidade, o que normalmente não acontece”, explicou.

“Em termos físicos, não é que estejamos cansados, quero dizer, os músculos não estão tão fatigados, é a desidratação que é ruim, você perde tanta água que a visão fica comprometida, principalmente no final da corrida com as forças G nas curvas de alta velocidade, os reflexos também ficam mais lentos”, falou.

“Chega a um ponto em que é necessário perguntar se deveríamos rever a quantidade de voltas, pois olhamos um para o outro no final da corrida, enquanto estamos sentados e descansando, e dava para perceber que alguns pilotos estavam muito mal”, completou o monegasco.]

OCON

“Eu estava vomitando nas voltas 15, 16. [Vomitei] por duas voltas, acho”, admitiu Ocon. “Estava fazendo isso e pensando: ‘merda, vai ser uma longa corrida’. Tentei me controlar mentalmente e apenas focar no que precisava fazer”, disse.

“Nunca tive isso no passado”, ressaltou. “Sempre consegui fazer a distância de duas corridas no carro, é para isso que sempre treinei. Mas, hoje, foi sobre o ar quente e o calor do motor na parte traseira do carro”, frisou.

“Acho que não vedamos o cockpit o suficiente, devia estar uns 80ºC dentro do carro”, reclamou. “Ainda bem que, no ano que vem, viremos em dezembro”, finalizou.

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Vale destacar que Logan Sargeant, piloto da Williams, abandonou a corrida no meio pois estava se sentindo muito mal fisicamente e a equipe achou melhor que ele abandonasse. Segundo a escuderia, o piloto estava bem, mas que se continuasse poderia ter passado mal ou causado um acidente.