Criciúma

Polícia Civil explica procedimento no caso de racismo do goleiro Caíque

(Foto: Reprodução/Críciuma)

Caíque, goleiro do Criciúma, alegou ter sido vítima de racismo por um torcedor do Brusque, no último sábado. O caso foi até a entidade, que explicou.

(Foto: Reprodução/Críciuma)

O goleiro do Criciúma, Caíque, alegou ter sofrido um caso de racismo por um torcedor do Brusque, no último sábado. Através de um comunicado, a Polícia Civil se manifestou, informando o procedimento adotado.

Segundo o comunicado, a guarnição da Polícia Militar foi acionada no momento da ocorrência e conduziu os envolvidos à 1ª Delegacia de Polícia de Brusque. No local, foram analisados os fatos, o boletim de ocorrência, as provas e a súmula da partida, e decidiu-se por não efetuar a prisão em flagrante do torcedor quadricolor.

O relato do acusado divergiu do de Caíque. De acordo com a Polícia Civil, diante da contradição e da ausência de elementos suficientes, foi instaurado um inquérito policial para investigar o caso.

Confira a nota oficial da Polícia Civil

A Polícia Civil de Santa Catarina informa que, em relação aos fatos ocorridos no último dia 08 de fevereiro de 2025, durante a partida entre Brusque e Criciúma, no Estádio localizado na Avenida Lauro Müller, no município de Brusque/SC, foi instaurado um inquérito policial para apurar a suposta prática do crime de injúria racial, previsto na lei que define os crimes de racismo e preconceito.

No momento da ocorrência, a guarnição da Polícia Militar foi acionada para atender a ocorrência de injúria racial feita por um torcedor contra o goleiro da equipe do Criciúma, Caique Luiz Santos da Purificação.

Segundo relato do jogador, ele teria sido chamado de “macaco” pelo torcedor do Brusque presente no estádio.

A guarnição conduziu os envolvidos até a Polícia Civil para melhor análise dos fatos e os devidos procedimentos.

A Polícia Civil esclarece que, após a análise preliminar dos fatos e registro do boletim de ocorrência, optou-se por não efetuar a prisão em flagrante do suspeito, uma vez que a lei prevê a necessidade de elementos probatórios claros e robustos que justifiquem essa medida de urgência.

No caso em questão, diante da divergência dos relatos e da ausência de outros elementos de provas, como a ausência de testemunhas e a própria súmula do jogo, optou-se pela instauração de um inquérito policial para a devida apuração dos fatos.

O inquérito policial foi formalmente instaurado na 1ª Delegacia de Polícia de Brusque, onde todas as provas serão analisadas, testemunhas serão ouvidas e eventuais imagens de câmeras de segurança serão requisitadas para elucidar a ocorrência.

Caso a investigação confirme a prática do crime, o suspeito será devidamente indiciado e o inquérito policial encaminhado para prosseguimento pelo Ministério Público e Poder Judiciário, podendo ser condenado a uma pena de 2 a 5 anos de prisão e multa.

A Polícia Civil reforça seu compromisso com a apuração rigorosa dos fatos, garantindo que sejam esclarecidos com isonomia e o devido respeito aos parâmetros legais.

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