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O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, se envolveu em uma polêmica ao fazer uma analogia infeliz ao comentar a possibilidade de uma Libertadores sem clubes brasileiros. Durante entrevista ao site BolaVip, na segunda-feira (18), ele afirmou que a competição sem as equipes do Brasil seria como “o Tarzan sem a Chita”. A declaração gerou repercussão negativa e, posteriormente, Domínguez pediu desculpas em nota oficial.
A fala do dirigente aconteceu em meio a um contexto de protestos contra o racismo no futebol sul-americano. Durante a Libertadores Sub-20, o jogador Luighi, do Palmeiras, foi vítima de atos racistas por parte de torcedores do Cerro Porteño, o que levou a presidente do clube brasileiro, Leila Pereira, a sugerir que as equipes do país deixassem as competições organizadas pela Conmebol.
Questionado sobre o impacto da ausência dos times brasileiros na Libertadores, Domínguez utilizou a comparação com o clássico personagem da literatura e do cinema, mencionando o macaco que o acompanha nas histórias.
Veja a declaração
Diante da repercussão negativa, o presidente da Conmebol divulgou um comunicado em que se desculpou pela declaração e afirmou que sua intenção não era desqualificar ou menosprezar ninguém.
“Em relação às minhas recentes declarações, quero expressar minhas desculpas. A expressão que utilizei é uma frase popular e jamais tive a intenção de menosprezar nem desqualificar ninguém. A CONMEBOL Libertadores é impensável sem a participação de clubes dos 10 países membros”, disse Domínguez.
Veja a nota na íntegra
Ele também reforçou o compromisso da entidade com a inclusão e o respeito no futebol: “Sempre promovi o respeito e a inclusão no futebol e na sociedade, valores fundamentais para a CONMEBOL. Reafirmo meu compromisso de seguir trabalhando por um futebol mais justo, unido e livre de discriminação”.
Apesar do pedido de desculpas, a ausência de medidas concretas para combater o racismo nas competições sul-americanas segue sendo alvo de críticas, especialmente por parte de clubes brasileiros, que cobram ações mais rigorosas por parte da entidade.
