O presidente do Atlético, Sergio Sette Câmara, concedeu entrevista ao canal do clube no youtube e falou sobre vários assuntos, dentre eles, os vazamentos de alguns documentos da investigação que foi feita no clube desde a gestão Kalil.
— Vejo com tristeza (os vazamentos). O que vazou era um relatório preliminar. O Atlético era sim muito desorganizado. Após esse primeiro relatório o clube faz uma análise e depois é gerado um relatório final, que eu inclusive já entreguei ao Conselho Deliberativo, ao Conselho Fiscal e ao Conselho de Ética.
Muitos apontaram os vazamentos como um ato de ataque ao ex-presidente do clube e atual prefeito de BH, que concorre para a reeleição, Alexandre Kalil. Mas segundo Sette Câmara, o relatório é para não repetir os erros que o clube já cometeu e não para atacar ninguém:
— Essas auditorias não tem um condão de caça as bruxas de quem quer que seja. Eu inclusive estou no relatório. É pra entender o que ocorreu no passado pra não continuar errando. O Atlético de hoje tem uma administração extremamente controlada.
Apesar disso, Sette Câmara deixou claro que se for encontrado alguma regularidade, o responsável será cobrado em nome do Atlético:
— Claro que se nós identificarmos alguma regularidade vamos buscar as reparações devidas ao clubes. São coisas que eu gostaria de fazer de uma maneira discreta, até pra que não fique de alguma maneira execrando a imagem de pessoas, que inclusive prestaram relevantes serviços ao clube” – Provavelmente se referindo a Kalil.
As rixas entre a atual diretoria do Atlético e Alexandre Kalil perpetuam há algum tempo. Em novembro, Kalil disputa a reeleição para prefeitura de BH. Já em dezembro, há as eleições para novo presidente do Atlético, na qual Sette Câmara ainda não está confirmado. Kalil é uma espécie de opositor a reeleição de Sette Câmara, mas o atual presidente do clube diz estar “Fazendo um trabalho de pacificação no clube” e que é importante não deixar isso atrapalhar o futebol do Atlético:
— Isso é importante (as eleições), mas não pode sobrepor o momento que o Atlético vem vivendo em campo. Estamos buscando um título Brasileiro que estamos há 50 anos aguardando. E politizar o clube nesse momento pode de alguma maneira contaminar o nosso ambiente no futebol, e não quero que isso aconteça – afirmou o presidente.
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