Presidente do Fluminense critica clubes que adotam gramado sintético: ‘Preferem fazer shows. Prefiro títulos’

Mário Bittencourt, presidente do Fluminense, criticou o uso de gramados sintéticos no futebol brasileiro. O dirigente alfinetou quem afirma que campos sintéticos diminuem os custos do gramado e disse que tem clubes que preferem fazer shows em seus estádios.

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– Dizem que sintético diminui o custo. Mas se você tem um clube de futebol e não consegue manter um campo de grama, você não pode ter um clube, se não vira casa de show. Tem gente que prefere fazer 5 shows. E tudo bem. Mas eu prefiro ganhar título – disse Mário Bittencourt.

O mandatário alfinetou o Botafogo, que tem gramado sintético em seu estádio, o Nilton Santos, e recebeu alguns shows na reta final do Brasileirão do ano passado.

– Tem time que tava na liderança do campeonato, tirou do gramado sintético para receber show, colocou em gramado natural e perdeu o jogo. O próprio técnico do Grêmio disse que se fosse em gramado sintético, o Suárez não jogaria.

Mário disse que é contra o uso do gramado sintético, mas acredita que ele é necessário em algumas situações, como em centros de treinamento.

– Eu acho que o gramado sintético é necessário em algumas situações. Em um CT, quando você esfola os campos, é necessário, quando eles estão em recuperação. Sei que tem estudo para os dois lados. Eu defendo por princípio do jogo. Futebol sempre foi jogado em gramado natural – afirmou Mário, que completou:

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– O que converso com meus jogadores é: o sintético muda o jogo. O jogador fica mais lento, porque a chuteira prende mais. O quique da bola é diferente. “Ah, mas é aprovado pela Fifa”, mas não necessariamente é bom. Em 80% dos jogos, é em gramado natural. Ele traz uma modificação. Vou discutir resultado esportivo. Todo clube que começa a jogar em gramado sintético, nos primeiros dois ou três anos, tem um resultado em casa muito diferente. Pode buscar aí. Porque existe uma dificuldade natural em jogar lá.