Goiás

Presidente fala sobre a dificuldade financeira do Goiás: ‘Nós perdemos a reserva’

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FOTO: ROSIRON RODRIGUES/ GOIÁS EC
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Na última quinta-feira (11), Paulo Rogério Pinheiro, presidente do Goiás, concedeu entrevista coletiva e explicou os problemas financeiros que o Esmeraldino vem enfrentando. Paulo Rogério disse que essa dificuldade é fruto das negociações da última gestão.

— Há umas três semanas, nosso diretor jurídico e uma advogada trabalhista pediram uma reunião comigo. Caiu uma “bomba atômica” em meu colo. Eu sempre disse que jamais falaria do passado porque eu já sabia como estava. Mas na reunião falaram que temos que pagar R$ 6 milhões em ações trabalhistas até o fim do ano. A torcida fala “vamos fazer esforço para contratar”. Esforço eu faço desde o ano passado. Mas meu tempo hoje é dedicado ao passado. É pagar 30% à vista e o resto em seis parcelas — detalhou.

Segundo o presidente esmeraldino, os acordos feitos em euros e dólares são um grande problema, pois as dívidas estão sendo cobradas na cotação atual e, com isso, o time não tem mais dinheiro guardado (reservas).

— Minha reserva acabou? Acabou. Vai acabar? Vai sim. Não tem o que fazer nessas ações julgadas em agosto, são quatro ações. É engraçado porque fizeram (diretoria passada) contrato em Euro, quero saber quem foi o inteligente que fez contrato em Euro. Fizeram contrato em Dólar e não pagaram o jogador e nem o empresário, ainda colocaram cláusula com a cotação da época e do dia. Adivinha o que o juiz fez? Considerou a cotação do dia. A Justiça do Trabalho é muito rápida — desabafou Paulo Rogério.

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O presidente ainda falou que o Verdão não deve mais reforçar o elenco nesta janela de transferências, pois o clube não quer atrasar os salários e nem as premiações.  

— Sentei com o Edmo (presidente do conselho deliberativo). Nós perdemos a reserva. Se contratarmos, vamos atrasar salário e premiação, aí é rebaixamento com certeza. Vamos entrar no que fizeram em 2020. Eu não autorizo contratar mais. O problema não é o Harlei (vice-presidente), não é o Edmo, não é o Jair Ventura, eu que não autorizo mais — falou.

Nesta janela o Goiás contratou o lateral-esquerdo Sávio, os zagueiros Lucas Halter e Danilo Cardoso, o meio-campista Marco Antônio e o atacante Breno. Apesar dos cinco reforços e das dívidas, Paulo Rogério disse que ainda há possibilidade do Esmeraldino contratar mais atletas, mas desde que eles sejam considerados “apostas”.

— Não adianta achar que o Goiás não vai contratar aposta. Está chegando aposta nessa semana e eu adoro contratar aposta. Se der certo, vira um ativo da gente, como Dieguinho, Yan Souto, Sidimar. Lógico que a torcida quer que o presidente contrate jogador de vitrine, mas não damos conta de concorrer com ninguém. O Goiás pagou empréstimo apenas de dois jogadores, o Élvis, que veio do Cuiabá, e o Nicolas, que estava no Paysandu. E mesmo assim o valor do empréstimo do Nicolas foi abatido no ato da compra. Fora isso, todos vieram de graça. Não temos dinheiro nem para as “luvas” dos jogadores. Ainda temos que pagar comissões de empresários. Basicamente falei para cortar todas as contratações — disse.

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