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Problema a ser resolvido: 60% dos gols sofridos pelo Athletico em 2022 saíram na bola aérea

Gustavo Oliveira/athletico.com.br

A temporada de 2022 do Athletico tem sido muito positiva de modo geral. Sob o comando de Felipão, o Furacão está forte em todas as competições e chegou a ser a equipe com a maior sequência invicta entre as séries A e B do Campeonato Brasileiro, posto perdido após a derrota para o Goiás na 16ª rodada do Brasileirão. Contudo, foi justamente o revés contra o Esmeraldino que evidenciou um problema que afeta o Athletico desde os tempos de Alberto Valentim: a bola aérea.

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A bola na área pelo alto tem sido uma estratégia bastante usada pelos adversários para furar uma defesa que, pelo chão, tem apresentado um bom desempenho, mas peca muito na bola aérea, o que custou alguns resultados para o Athletico nessa temporada.

Até o momento, o Athletico sofreu na temporada, considerando Brasileirão, Libertadores, Copa do Brasil e Recopa Sul-Americana, 33 gols. Destes, 20 gols, cerca de 60%, saíram da bola aérea. Confira os jogos que o Furacão sofreu gols pelo alto, em jogadas diretas ou originadas pela bola aérea:

Brasileirão:

  • São Paulo 4 x 0 Athletico: 4 gols sofridos por bola aérea;
  • Fluminense 2 x 1 Athletico: 1 gol sofrido por bola aérea;
  • Athletico 2 x 2 Santos: 2 gols sofridos por bola aérea;
  • Juventude 1 x 3 Athletico: 1 gol sofrido por bola aérea;
  • Goiás 2 x 1 Athletico: 2 gols sofridos por bola aérea.

Libertadores:

  • Libertad 1 x 0 Athletico: 1 gol sofrido por bola aérea;
  • The Strongest 5 x 0 Athletico: 5 gols sofridos por bola aérea;
  • Athletico 5 x 1 Caracas: 1 gol sofrido por bola aérea;
  • Athletico 2 x 1 Libertad: 1 gol sofrido por bola aérea.

Copa do Brasil:

  • Tocantinópolis 2 x 5 Athletico: 1 gol sofrido por bola aérea.

Recopa Sul-Americana:

  • Athletico 2 x 2 Palmeiras: 1 gol sofrido por bola aérea.

Desde a chegada de Felipão, é evidente a melhora da equipe no quesito, mas ainda sim a equipe sofre pelo alto, mas quais seriam os motivos?

Ausências

O mais fácil de ser apontado é a lesão de Thiago Heleno. Fora do time desde o Campeonato Paranaense por lesão no ombro, o capitão athleticano é o pilar da defesa pelo alto, sendo ele um dos motivos da bola aérea ter sido um dos pontos fortes do Furacão nos últimos anos.

Outra ausência que custa a força defensiva pelo alto é a de Zé Ivaldo, emprestado ao Cruzeiro e sendo destaque na série B. Mesmo sem conseguir ser titular absoluto nas últimas temporadas no Athletico, Zé Ivaldo foi peça importante na defesa rubro-negra, sobretudo com o esquema com 3 zagueiros.

Baixa estatura

Mais um dos motivos para a fragilidade pelo alto é a baixa estatura da defesa do Athletico. Dos defensores rubro-negros, apenas Matheus Felipe e Pedro Henrique tem mais que 1,85 de altura, sendo que a bola aérea não é o forte do capitão rubro-negro, que tem falhado algumas vezes no quesito. Confira a altura dos defensores e volantes:

  • Pedro Henrique: 1,88 m
  • Matheus Felipe: 1,86 m
  • Nico: 1,80 m
  • Abner: 1,81 m
  • Khellven: 1,76 m
  • Orejuela: 1,80 m
  • Hugo Moura: 1,77 m
  • Erick: 1,76 m
  • Matheus Fernandes: 1,83 m
  • Pablo Siles: 1,75 m
  • Bryan García: 1,75 m

Treinamento

A necessidade de prática nos treinamentos também pode ser um fator. Na entrevista coletiva realizada após a partida contra o Goiás, Felipão não escondeu a necessidade de treinar a bola aérea.

— Tem que treinar o máximo que puder. Porque já vínhamos cometendo um ou outro erro. Vamos trabalhar em cima dessa situação, para que a gente melhore posicionamentos, para que individualmente se faça uma marcação melhor, para não dar tantas chances aos adversários. – disse o treinador.

A necessidade de corrigir a bola aérea se torna ainda mais urgente analisando as quartas de final da Libertadores no início de agosto. O rival Estudiantes tem como ponto forte e principal arma ofensiva justamente o jogo pelo alto, com atacantes muito altos. O setorista do Athletico no Esporte News Mundo Vincenzo Dalicani, via Twitter. Confira:

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