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Rafael Paiva comemora vitória e boa atuação do Vasco: ‘Consigo ver a minha cara na equipe’

Rafael Paiva após a partida entre Vasco da Gama x Vitória, pelo Campeonato Brasileiro (São Januário), em 12 de maio de 2024 - Fotos: Leandro Amorim/Vasco

O Vasco venceu o Internacional por 2 a 1, no Beira-Rio. Após a vitória, o técnico Rafael Paiva comemorou os primeiros pontos do Cruzmaltino como visitante neste Brasileirão.

Foto: Leandro Amorim/Vasco

No Beira-Rio, o Vasco conquistou a primeira vitória como visitante neste Brasileirão. O Cruzmaltino bateu o Internacional por 2 a 1 e agora mantém cinco pontos de distância para a equipe que abre o Z-4, o Corinthians. Ao fim da partida, o treinador Rafael Paiva comemorou o resultado e destacou a importância de manter estilo de jogo mesmo com tantas ausências no time titular. Para enfrentar o Inter, ele não contou com Payet, Maicon, David, Hugo Moura e Piton.

— Era um jogo em que tínhamos muitos desfalques, mas fomos pela linha de dar oportunidade aos jogadores que precisavam provar tanto para a torcida quanto para eles mesmos que tinham total capacidade. Com os meninos da base, não foi diferente. Já tinham uma boa experiência e estavam motivados para vir e dar o melhor deles. Ficamos felizes que deu certo e que conquistamos os três pontos. É difícil jogar aqui. O Inter é muito forte e o sentimento é de satisfação, de felicidade. Vemos que o grupo está caminhando bem. Trabalhamos bastante para isso e precisamos manter a humildade para seguir assim. — ressaltou o treinador.

Paiva chegou ao nono jogo sob o comando do Cruzmaltino, com a quarta vitória no Brasileirão e uma evidente melhora no rendimento da equipe. Perguntado sobre a mudança de postura do time, o técnico demonstrou estar satisfeito com o trabalho realizado, mas afirmou a necessidade de desenvolver ainda alguns aspectos do jogo.

— Estou muito satisfeito pelo que a gente vêm fazendo e construindo. Eu consigo ver a minha cara na equipe. Isso tem vindo com as vitórias e os pontos conquistados na maioria dos jogos. Isso é fundamental e crava ainda mais o que estamos falando. Não abrimos mão de competir, de lutar, de brigar. Principalmente quando não estávamos em um bom momento, sabíamos que era preciso se doar mais para o jogo. Mas, a gente sabe que para pontuar é necessário jogar com a bola, equilibrar, tentar construir melhor. Estamos conseguindo construir passo a passo um equilíbrio entre defender e atacar, sem perder nossa competitividade. Temos que manter isso e refinar cada vez mais o que estamos fazendo tecnicamente e taticamente. — completou.

Outros trechos da coletiva de Rafael Paiva:

MUDANÇA DE POSTURA E RESULTADOS POSITIVOS

— Ninguém mais poderia fazer algo para mudar o cenário, se não fosse os jogadores. Era preciso atitude, confiança, personalidade para jogar, entender que era necessário buscar o equilíbrio para pontuar mais nos jogos. Não podíamos só ficar na defesa e jogar por uma, duas ou três bolas. A construção é na parte mental, técnica, tática. São várias coisas que interferem no resultado a curto prazo. Os jogadores lutaram demais e mudaram a postura do que vinham fazendo. Mérito total para eles. É um trabalho que envolve muitas pessoas e acredito que estamos no caminho. Temos que manter a regularidade nesse processo longo para buscar o lugar que merecemos na tabela.

IMPORTÂNCIA DAS CATEGORIAS DE BASE

— Eu valorizo sempre o trabalho de quem vem das categorias de base. Temos muita gente boa vindo da base, excelentes treinadores. É uma transição difícil, a do sub-20 para o profissional. É preciso trazer resultados a curto prazo para ter sequência. Nesse processo, às vezes bons técnicos não conseguem mostrar o potencial que têm. Quando conseguimos pontuar, conquistar vitórias, fortalece muito. Hoje, tínhamos 10 jogadores da base no elenco, jogadores de apenas 16 anos. Isso é muito satisfatório e enaltece o trabalho que fazemos nas categorias de base do Vasco. Percebemos que eles tem capacidade de dar conta do recado, de resolver os problemas. Se houver paciência, muito jogador bom ainda vai aparecer.

ASPECTO TÁTICO

— A gente tenta sempre pensar uma estrutura para jogar em cima do que o adversário nos traz. Acho que alternamos também entre 4-3-3 e 4-1-3-2. Eu tento passar para os atletas a ideia de não ficar preso em estrutura de jogo. Cobramos as funções de jogo. Alguns jogadores já testamos em outros setores do campo, para que entender o que eles são capazes. Mas, é um grupo que tem respondido bem. Mesmo fora de posição, os atletas tentam sempre cumprir a função e isso é o mais importante. A função de saber onde defender, quando está sem a bola, de saber em qual espaço jogar quando temos a posse. Têm sido em cima disso a nossa construção: ter clareza do que vamos fazer com e sem a bola, independente da estrutura.

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