Em São Januário, Vasco e Bragantino empataram em 2 a 2. O Cruzmaltino chegou ao terceiro jogo sem vitória no Brasileirão. Os visitantes abriram o placar no início do jogo com Jhon Jhon. Na segunda etapa, os donos da casa conseguiram virar com GB e Adson, mas sofreram o empate no fim, com Helinho marcando aos 43 minutos.
Com o resultado, o Massa Bruta permanece dois pontos e uma posição acima do Vasco na tabela. O Gigante da Colina volta a campo na próxima terça-feira, para decidir a vaga nas quartas de final da Copa do Brasil contra o Atlético Goianiense. Após o apito final neste sábado, o técnico Rafael Paiva lamentou o empate, mas ressaltou as qualidades da equipe em uma sequência difícil de partidas.
— Foi uma vitória que escapou no fim. Ficamos muito frustados, porque foi um excelente segundo tempo. Conseguimos dominar o adversário, criar chances, colocar bola na trave. Mas, realmente tomamos um gol inesperado, porque tivemos o controle do jogo na maior parte da segunda etapa. Conseguimos ficar com a bola e fazer o que gostaríamos de ter feito nos últimos jogos. A sequência de partidas fora, de um jogo a cada três dias é muito pesada. Precisamos zelar pela saúde dos atletas também. Alguns deles estavam no limite físico e já não conseguiam atuar da forma que eles sabem. Fizemos algumas mudanças para tentar manter o time mais saudável, e dar oportunidades, mostrar a força do grupo, dos meninos que entraram. A força do GB, que a gente já conhecia. Temos que trabalhar com o elenco todo, que é qualificado. Eles deram a resposta hoje, apesar do empate no final. — afirmou o treinador.
Depois de quatro jogos sem vencer e uma queda de rendimento dentro de campo, Paiva começa a ser questionado pelas atuações da equipe. Com uma decisão a frente pela Copa do Brasil, ele afirmou estar focado na sequência da temporada e confiar na qualidade dos jogadores.
— Hoje escapou ali por poucos minutos essa vitória. Isso demonstra como o futebol no Brasil é muito difícil e competitivo. Foi um jogo que a gente controlou, mas não ganhou. Assim como foi contra o Atlético Goianiense, eles atuaram melhor, mas nós empatamos. Isso demonstra o nível do futebol brasileiro. Me sinto motivado, não pressionado, para jogar mais uma decisão. Para nós é uma final. Queremos chegar às quartas (na Copa do Brasil). O sentimento é que vamos evoluir. Jogar em casa é diferente. Hoje, conseguimos dar a resposta em campo, mostrar para o torcedor o que esperamos fazer: ficar com a bola, machucar o adversário, ter gols, conseguir jogar em alto nível. Respeitamos muito a equipe do Atlético-GO, mas vamos encarar como final. Todos estão extremamente concentrados para esse jogo, assim como é em time grande. Queríamos essa vitória, mas ela escapou por muito pouco hoje. Temos que responder sempre. O próximo jogo é sempre o mais importante. E esse tem um caráter muito importante, pela fase em que é da Copa do Brasil. — completou.
Confira outros trechos da coletiva:
GB
— GB é mais um atleta da base extremamente talentoso. É um jogador de estatura, que às vezes acreditam que é um camisa nove, mas pode jogar flutuando também. Então, falamos que ele é um 9 e 10 também. Ele tem capacidade para jogar fora da área. Nós temos o Vegetti na posição, que é unanimidade. Mas ele (GB) é um jogador que sabemos que pode render ali também. Foi importantíssimo ele estrear com gol neste ano. É um menino de muito talento, qualidade, que vai dar muita alegria para todos. Precisamos mostrar paciência também quando mostrar oscilações, mas é mais um que mostrou o potencial dele e vai agregar muito ao grupo.
ATUAÇÃO DO ZAGUEIRO LÉO
— O que eu queria falar é que temos total confiança em Léo, Maicon, Rojas, João Victor, Lyncon, Luis, nossos zagueiros todos. A gente sabe que a pressão é muito grande aqui e jogo a jogo temos que mostrar serviço. Eles, do setor defensivo, principalmente precisam mostrar que merecem estar aqui. Léo não tomou a melhor decisão na hora do primeiro gol, mas ele fez, na minha opinião, uma boa partida depois. Com muito enfrentamento individual, ganhando a maioria dos duelos. Conseguiu construir e isso faz parte. Eles tem consciência da cobrança da torcida e lidam muito bem com isso. A atitude do Vegetti de entrar em campo e não pegar a faixa de capitão demonstra que nós, como grupo, estamos junto com todos os jogadores, independente se vão errar ou não. Trabalhamos muito duro para entregar o melhor para o Vasco. Infelizmente, hoje a vitória estava muito próxima e, se a gente ganhasse, talvez estaríamos falando menos do erro do Léo, mas apesar disso, o erro é coletivo e estamos juntos, como grupo. Temos que trabalhar para evoluir sempre e dar a volta por cima.
PHILIPPE COUTINHO
— Coutinho é extremamente talentoso. Nos treinos, ele mostra diariamente que é acima da média. Capacidade de tomar decisões, capacidade técnica, de chegar próximo do gol, de finalização. Nós estamos condicionando. Ele tem mostrado a cada jogo que evolui fisicamente, porque o resto sabemos que entrega muito. É um jogador competitivo, experiente, que defende também. Ele está cada vez mais pronto. Se tivermos um pouco de paciência, em alguns jogos vamos conseguir ver a melhor versão dele. Ele está muito motivado e feliz de estar aqui. Está se doando muito nos treinos e sabemos que vai contribuir muito para a gente.
CRÍTICAS AO TRABALHO
— Essa pressão da torcida nós tentamos ver pelo lado de manter sempre o melhor nível. Sabemos que a torcida exige muito e tem o direito de fazer isso. Acho que às vezes é um pouco exagerado, mas tentamos olhar de um jeito para não ficarmos acomodados. Se entrarmos em uma zona de Sul-americana, vão cobrar por Libertadores, entrando em Libertadores, vão querer briga pelo título, e isso nos move para tentar dar o melhor todos os dias. Não dá para se acomodar nunca e acho que a torcida tem que cumprir esse papel mesmo. A gente se adapta e também cobramos internamente, porque temos elenco para brigar. Queremos estar longe do Z-4. Todos os jogos são muito difíceis, mas vamos sempre lutar para dar o nosso melhor.