O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) marcou o depoimento do lateral-direito Rafael Ramos, do Corinthians, sobre o suposto caso de racismo contra Edenílson, do Internacional, para esta terça-feira (31).
O processo é parte do inquérito aberto para definir se o jogador português cometeu ou não injúria racial contra o meia do Inter. O atleta do Corinthians foi acusado por Edenilson de tê-lo chamado de macaco durante o confronto entre as equipes no último dia 14.
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Edeníison também prestará depoimento, que teve data marcada para a próxima segunda-feira, junto do relator, Paulo Feuz. O meia já havia dado sua versão e registrado o depoimento junto à Polícia Civil logo após o fim do jogo.
Rafael Ramos foi detido em flagrante pela polícia ainda no estádio, mas foi liberado depois de prestar depoimento e pagar fiança no valor de R$ 10 mil. O jogador negou que tenha cometido o crime e contratou uma perícia particular.
RELEMBRE O CASO
Aos 31 minutos do segundo tempo da partida entre Internacional e Corinthians, no Beira-Rio, a bola saiu pela linha lateral no campo de ataque do Internacional. Neste momento, Edenilson se movimentou para receber, enquanto era marcado por Rafael Ramos.
Quando Renê ia realizar a cobrança, o volante Colorado corre em direção ao árbitro e pede para paralisação do jogo, afirmando que havia sido chamado de “macaco” pelo atleta do Corinthians, se tornando, portanto, alvo de injúria racial.
Diante da acusação de injúria racial, o árbitro Bráulio Machado paralisou o jogo, e chamou os atletas para darem suas versões. Na súmula, ele relatou que Edenilson afirmou que Rafael Ramos disse “foda-se macaco”, enquanto o português se defendeu, argumentando que falou “foda-se caralho”. Na hora, todavia, a arbitragem nada pode fazer, já que não escutou o flagrante e o VAR não pode interferir em lances de leitura labial.