Cruzeiro
Rafael Sóbis terá que conviver com “maldição” dos camisas 10 do Cruzeiro; últimos donos tiveram saídas conturbadas
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O Cruzeiro divulgou, na última sexta-feira (26), a numeração fixa da equipe para a temporada 2021. E entre as principais novidades nos números, esteve Rafael Sóbis, que assumiu a camisa 10, uma das mais históricas no clube. Anteriormente, Sóbis havia jogado com a 7 e com a 23 na Raposa.
Mas a adoção da numeração causa uma preocupação para aquele torcedor que é mais supersticioso: boa parte dos jogadores que utilizaram a camisa 10 do Cruzeiro nos últimos anos, de maneira fixa ou frequente, deixaram o clube “pela porta dos fundos”. Apesar da maioria corresponder em campo, as saídas ou não deixaram saudades, ou irritaram o torcedor pelas formas que aconteceram.
Régis
O último camisa 10 do Cruzeiro foi Régis, que apesar de ter uma saída tranquila, não deixou saudades na torcida, tendo sido, inclusive, reserva em boa parte da Série B.
Rodriguinho
Poucos torcedores devem lembrar que Rodriguinho foi 10 do Cruzeiro, o que reflete seu impacto com a camisa. Assim como Sóbis, o meia passou da 23 para a 10, mas só fez dois jogos com a lendária numeração de Dirceu Lopes. Saiu logo em seguida, sem deixar saudades e sem retorno algum pelo valor astronômico investido em sua contratação.
Thiago Neves
Da lista, talvez o mais odiado pela torcida celeste, Thiago Neves foi um dos favoritos da torcida enquanto jogou com a camisa 30. Mas após assumir a 10, deixada por Arrascaeta, o jogador viveu grande decadência de futebol e prestígio. Más atuações, polêmicas e a situação do Cruzeiro em 2019 fizeram o jogador se tornar símbolo do rebaixamento inédito da Raposa.
Thiago deixou o time com grande rejeição dos torcedores e é persona non-grata em Minas Gerais. Após sua saída, quase fechou com Atlético-MG, maior rival do time celeste, além de soltar farpas relacionadas ao clube estrelado em algumas ocasiões.
Arrascaeta
Camisa 10 do Cruzeiro por quatro temporadas, o uruguaio Giorgian de Arrascaeta foi um dos mais longevos com o número e apesar do bom desempenho em campo, saiu do clube brigado com a torcida. O jogador foi acusado por dirigentes e torcedores de forçar saída para o Flamengo no início de 2019, quando não se reapresentou para a pré-temporada no clube. Em três meses, Arrascaeta saiu de herói do hexa da Copa do Brasil para “Judas”.
Júlio Baptista
Anunciado com pompa em 2013, Júlio Baptista não deixou muitas saudades ao sair do Cruzeiro em 2015. Apesar de marcar gols importantes na campanha do bicampeonato Brasileiro nos anos de 2013 e 2014, o jogador não chegou a ser figura indispensável no clube. Em 2015, num ano de reformulação do Cruzeiro, passou boa parte da temporada machucado.
Montillo
Um dos grandes jogadores do Cruzeiro na década, o argentino Walter Montillo deixou saudades na torcida celeste, mas na época de sua saída foi acusado de forçar uma transferência para o Corinthians, que não se concretizou, e depois ao Santos, seu destino pós-Raposa. Hoje pode-se dizer que foi “perdoado” e vive relação de respeito com os cruzeirenses.
Wagner
Outro que teve bastante longevidade com a 10 Cruzeiro, atuando na Raposa entre 2004 e 2009, Wagner viveu bons momentos no Mineirão, chegando a final da Copa Libertadores 2009. Apesar disso, saiu de forma conturbada, sendo apontado como um dos causadores do suposto “racha” no elenco celeste que, de acordo com parte da torcida, resultou na dolorosa derrota na final da principal competição continental.
Apesar de sua história no time celeste, o meia ainda exaltou a torcida do Atlético-MG, irritando ainda mais os cruzeirenses. Mas parece que recentemente o jogador se arrependeu, chegando a se oferecer para jogar a Série B pelo Cruzeiro, situação que não aconteceu.
Outros jogadores que jogaram com a camisa 10 do Cruzeiro, como Bernardo, Gilberto, Roger, Charles, entre outros, não foram citados por não serem exatamente marcados pela utilização do número. Agora, cabe a Rafael Sóbis quebrar essa “maldição” e mudar a situação.
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