Atlético-MG
Reformulação, eliminações precoces, contratações, Sampaoli, pandemia e esperança de título; Atlético teve 2020 de altos e baixos
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O último dia do ano serve para você relembrar tudo que aconteceu durante todos os outros dias e fazer uma retrospectiva de como foi o ano. Em um ano de renovação do clube e de uma pandemia que pegou todos de surpresa, o Atlético viveu altos e baixos, assim como qualquer clube do mundo, mas deixa 2021 com boa esperança para os próximos anos.
O FENÔMENO DUDAMEL
O Atlético começou o ano cheio de mudanças, sendo a principal delas no comando do time. O venezuelano, Rafael Dudamel, chegou à Belo Horizonte nos braços da torcida após boa passagem pela seleção de seu país.
Junto ao novo treinador, chegaram também novas contratações, como: Allan, Hyoran, Mailton, Guilherme Arana, Savarino e Dylan Borrero. A esperança do torcedor era grande com a renovação de um “Novo Atlético”. Mas o sonho não durou nem dois meses. No Campeonato Mineiro, um começo não tão bom quanto o esperado, já nas Copas, um desastre.
O Galo foi eliminado na primeira fase da Sul-Americana para o Santa Fé, da Argentina. Na semana seguinte, mais uma eliminação, dessa vez na Copa do Brasil, na segunda fase, para o desconhecido Afogados, do interior de Pernambuco.
Com as eliminações e o time não engrenando, Dudamel foi demitido no dia 27 de fevereiro, logo após ser eliminado da Copa do Brasil.
VITÓRIA NO CLÁSSICO, SAMPAOLI E PANDEMIA
Após a demissão de Dudamel, o Atlético agiu rápido e contratou Jorge Sampaoli, treinador que era sonho da diretoria antes mesmo da chegada de Dudamel. O Galo também contratou mais jogadores, como o ídolo Diego Tardelli e o goleiro do rival Cruzeiro, Rafael.
Por falar em Cruzeiro, antes da estreia de Sampaoli, o Galo fez o único clássico do ano contra seu maior rival. O dia 07 de março foi a última vez que o Galo viu o Mineirão lotado em 2020. O lado bom é que todos saíram satisfeitos, já que Otero marcou no último lance e decretou a vitória sobre o Cruzeiro por 2 a 1.
Após o clássico, Sampaoli fez sua estreia na vitória sobre o Vila Nova por 3 a 1, mas a partir dai o futebol parou por conta da pandemia e só foi voltar mais de três meses depois.
CONTRATAÇÕES DURANTE A PANDEMIA E MANTO DA MASSA
Jorge Sampaoli chegou ao Atlético já exigindo contratações, elas foram prometidas ao treinador e foram sendo cumpridas ao longo do tempo. O Galo contou com a ajuda dos empresários chamados de “Quatro Rs”: Rubens Menin, Ricardo Guimarães, Renato Salvador e Rafael Menin. Com eles, o alvinegro foi ao mercado e contratou: Léo Sena, Marrony, Keno, Junior Alonso, Alan Franco e Mariano.
Além das contratações, o Atlético fez, durante a pausa do futebol por causa da pandemia, uma ação de marketing que chamou a atenção de todo o país. O clube decidiu que um torcedor iria desenhar uma camisa para o clube, chamada de “Manto da Massa”. A ação gerou milhares de concorrentes e no final foi escolhido um vencedor.
A ação espetacular não parou por ai. Com um engajamento gigante da torcida, o clube conseguiu vender mais de 100 mil camisas em apenas uma semana. Uma marca histórica.
VOLTA DO FUTEBOL, LESÃO DE TARDELLI E CAMPEÃO MINEIRO
Em junho, o futebol começou a voltar e o Atlético começava a se preparar para a reta final do Mineiro e início de Brasileiro. Com os mais de quatro meses de paralisação, o calendário ficou ainda mais apertado. Mas o Atlético deu azar antes mesmo do futebol voltar oficialmente. Em jogo-treino contra o América-MG no dia 15 de julho, Diego Tardelli sofreu uma lesão que o tirou de ação no ano. O atacante já voltou a treinar com bola, mas deve voltar a atuar apenas no fim de janeiro ou início de fevereiro.
Com a volta oficial do futebol, o Galo viu o rival Cruzeiro nem se classificar para as semis do Mineiro, eliminou o América na semifinal e venceu o Tombense na grande final. Foi o 45° título do alvinegro na competição estadual. O primeiro título pelo Galo.
ALTOS E BAIXOS NO BRASILEIRÃO
Em meio as finais do Mineiro, o Atlético começou a caminhada no Brasileiro com três vitórias, uma delas contra o poderoso Flamengo. O Galo oscilou um pouco a partir dai, mas encantava com um excelente futebol e se manteve na briga pelo título.
Mais alguns jogadores chegaram para reforçar o time, como Eduardo Sasha, Everson e mais recentemente, Zaracho e Eduardo Vargas. Por falar em jogadores, Marrony e Dylan Borrero se envolveram em polêmica com a torcida ao serem flagrados pela maior organizada do clube deixando uma balada na região metropolitana de Belo Horizonte.
O Galo terminou o ano sendo um time inconstante, vencendo alguns jogos, mas perdendo pontos essenciais. Um surto de covid-19 que atacou o elenco, que chegou a ficar sem metade dos titular, contribuiu para essa fase do time. Hoje, está há sete pontos do líder do São Paulo, ainda sonha com o título, mas é uma missão difícil. Mas mais uma vez, os pontos bobos perdidos podem fazer falta.
Os principais jogos do Atlético no Brasileiro foram: as duas vitórias contra o Flamengo (1×0 e 4×0); as duas vitórias contra o Corinthians (3×2 e 2×1) e as vitórias contra São Paulo (3×0), Grêmio (3×1) e Vasco (3×1).
FORA DE CAMPO
O ano do Atlético fora de campo foi de suma importância por dois principais acontecimentos: avanço na Arena MRV e eleição para novo presidente.
O futuro estádio do Atlético teve, em 2020, inaugurado o centro de experiência para o torcedor e o início oficial das obras, com a inauguração da pedra fundamental da Arena. Nas eleições para presidente, Sergio Sette Câmara não quis concorrer para reeleição e viu Sergio Coelho, candidato único e apoiados pelos “Quatro Rs”, se tornar o novo presidente do clube para o triênio de 2021-2023.