Bahia

Renato Paiva destaca boa produção do Bahia, mas lamenta placar apertado: “Fizemos muito para um resultado tão escasso”

Foto: Reprodução/TV Bahêa

Renato Paiva concedeu entrevista coletiva após o triunfo do Bahia diante do Atlético de Alagoinha pelo placar de 2 x 1, sendo o gol da vitória aos 45 minutos do segundo tempo. O treinador tocou em diversos pontos durante a coletiva.

Sobre a partida

Paiva analisou a partida e chegou a conclusão de que o empate seria injusto para o Bahia, visto que a equipe produziu muito durante o jogo.

– Primeira questão, ganhamos do atual bicampeão, o jogo não poderia ser fácil. Ganhamos do vice-campeão no jogo passado e agora do bicampeão. Desde 2017 o clube não ganhava os três primeiros jogos, e é essa cultura de nós queremos, de triunfo. Acho que o empate já era injusto, muito injusto, se é que se pode falar em justiça no futebol. Fizemos muito para um resultado tão escasso e um sofrimento tão grande. Criamos inúmeras oportunidades, nosso adversário criou duas e poderia ter feito o segundo gol.

– Valorizar uma equipe que está a crescer, tem jogadores que se nota que estão em melhor formas que outros. Valorizar consistência de criação, qualidade que criamos situações de jogo, corredor central, pelos lados. Quero gerar dúvidas no adversário e não ser uma equipe previsível. Reação à perda da bola muito forte no ataque, enquanto tivemos bem fisicamente foi bem difícil do Atlético jogar. Não lembro de uma oportunidade de gol do Atlético na primeira etapa, portanto uma exibição, não é superconsistente em condições normais, mas se avaliarmos o momento da temporada que estamos, esse contexto, é um bom início – completa o técnico.

Sobre o 2° gol

O português explicou o gol da vitória, marcado pelo volante Rezende, que fez a movimentação chegando de trás como elemento surpresa.

– Nossa forma de jogar é muito baseada no jogo de posição, posicional. Nós queremos jogadores que possam aparecer em zonas para surpreender, jogadores que vem de trás são difíceis de marcar. Não quero volantes presos. Uma equipe que joga bem tem um coletivo que percebe se é para atacar rápido, posicional, circular a bola por trás. Tem que recuperar no momento da perda, se organizar em bloco. Tem que interpretar os momentos do jogo e tentar ser bom em todos os momentos. Quero uma equipe completa e isso demora tempo. Peço que os jogadores apareçam em zonas de surpresa, mais difícil de marcar, e isso que trabalhamos. Se é o volante que marca, é essa imprevisibilidade que nós queremos. Vai refletir nos torcedores, queremos jogos completos, ofensivos, e isso vai fazer crescer nossos jogadores.

Questão física dos reforços

O treinador explicou que muitos ainda não estão adaptados e não estão prontos fisicamente para jogar, usou como exemplo os laterais Chavéz e Cicinho. Pediu tempo para os atletas se adaptarem e afirmou que eles ainda não aguentam 90 minutos.

– Depois, importante dizer, há jogadores, por exemplo, Chávez, chegou com um mês e pouco. Nossa forma de trabalhar é, nos primeiros treinos, depois ganhar forma esportiva enquanto os níveis de forma física exigem. Hoje não poderia ser titular ou jogar mais de 30 minutos. Os jogadores fazem testes para ver se estão preparados ou não, e temos que lançar gradualmente. Lançar um jogador de potência, explosão pode causar lesões. Igual para o Cicinho, que está ganhando forma física, tudo tem seu tempo científico, biológico. Perceber estes jogadores que vão chegando não são opções ainda para 90 minutos. Depois, valorizar a dificuldade que o adversário nos gerou pela sua organização ofensiva. Fomos entrando no seu bloco defensivo, eles acertaram as marcações, encaixe individual, marcação aos nossos jogadores. Treinador que é campeão, experiente, sabe o que faz, e isso valoriza nosso triunfo.

Novos reforços

O Bahia já fechou a contratação de 12 jogadores, porém não deve parar neste número. De acordo com Renato Paiva, a ideia é trazer mais reforços para compor o elenco e aguentar a carga de jogos dessa temporada, visto que o Tricolor tem 4 campeonatos para disputar neste ano: Campeonato Baiano, Copa do Nordeste, Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro.

– Espero mais alguns jogadores, não está fechado o elenco. Temos posições onde precisamos reforçar, onde sentimos que está curto, e vão vir jogadores diferenciados nessas posições. Estou confiante no trabalho fantástico do Cadu, administração, João Paulo. Portanto, esperamos, não posso dizer nomes nem posições, mas estamos à espera de alguns jogadores para trazer qualidade superior ao nosso jogo. Quero elenco relativamente grande, com dois ou três jogadores por posição. Estadual, depois Copa do Nordeste, do Brasil e o campeonato [Brasileiro]. Se a gente classificar, ainda vamos ter competição internacional na próxima temporada – comentou o treinador.

Apoio da torcida

Com mais de 23 mil pessoas presentes na Arena Fonte Nova, Renato Paiva declarou que a torcida foi peça importante para a vitória do Bahia.

– O 12º jogador é maravilhoso e entrou em campo, mesmo com o desgaste físico, e empurrou. Agradecer muito, vivi pela primeira vez esse ambiente, na Fonte Nova. Já tinha visto, não tinha sentido, mas é de fato uma força brutal que empurra nossos jogadores. Desculpa, mas eu senti. Nos momentos difíceis que nos empurram. Sei que, historicamente, aqui na Fonte Nova se marca muito gol e se ganha com esse 12º jogador, claro que pela capacidade dos jogadores, e depois valorizar também a capacidade física. E depois de fazer o gol capacidade de defender nossa baliza.

O próximo compromisso do Bahia será agora pela Copa do Nordeste. No domingo, às 19 horas, a equipe irá enfrentar o Sampaio Corrêa, no Castelão, no Maranhão, pela primeira rodada do torneio regional.

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